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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mais relatórios de ouro, e outras ocorrências minerais no Rio de Janeiro


DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
6.1 Aplicações no Mapeamento Geológico
Os resultados analíticos das amostras de sedimentos
e de água mostraram algumas feições geológicas
que ficaram claramente delineadas nos
mapas geoquímicos elaborados, porém, por vezes,
é difícil determinar o significado de algumas
anomalias geoquímicas, devido, talvez, à escala e
resolução dos mapas, que não permitiram mostrar
detalhes geológicos.
Utilizou-se, como referência da geologia, oMapa
Geológico do Estado do Rio de Janeiro (Fonseca,
1998). No quadro 2, apresenta-se um resumo com
algumas informações geológicas que puderam ser
identificadas através da amostragem geoquímica.
6.2 Aplicações na Prospecção Mineral
Segundo Castro & Beisl (1993) e Castro & Rosário
(1994), a região do vale do rio Paraíba do Sul exibe,
em diversas localidades, ocorrências esparsas
de ouro, que foram explotadas por garimpeiros,
sem muito sucesso. Porém, na região de Cantagalo,
nas proximidades de São Sebastião do Paraíba,
em Porto Tuta, na divisa RJ/MG, foram encontrados,
pelos pesquisadores, diversos grãos de ouro.

Pereira & Santos (1994) relataram a possibilidade
da ocorrência de ouro no rio Paraíba do Sul, no
trecho entre a desembocadura do rio Pomba e a cidade
de São Fidélis, como ainda, na área do rio
Preto, em Manoel Duarte.
Também, Fonseca (1998) relatou a existência de
alguns garimpos no estado do Rio de Janeiro, que
foram trabalhados, em geral, com balsas, na década
de 80, nos rios Itabapoana, Muriaé, Paraíba do
Sul (Cambuci e Itaocara) e Pomba.
Lamego (1946, apud Fonseca, 1998) citou várias exploraçõesdeouroemaluviões,
emItaperuna, Natividade, Porciúncula,
Varre-Sai, Ouro Fino e Comendador Venâncio.
Segundo Mansur (1988), foram registradas, em
1986, atividades de garimpagem nos rios Muriaé,
Pomba, Carangola, Itabapoana e Paraíba do Sul, e
em1987, na região entre Pureza e São Fidélis, onde
foi utilizado mercúrio. Também instalaram-se garimpos
nos rios Paraibuna, Preto (Valença) e Paraíba
do Sul (Vassouras e Itaocara).

Os teores de ouro encontrados neste projeto variaram
entre 0,01 a 0,5ppm (ver figura 2).
No mapa de distribuição do ouro em sedimentos
de corrente,
verifica-se que as maiores concentrações
desse elemento estão localizadas, na maioria
das vezes, nos rios emunicípios relatados
na literatura
retromencionada.
– 15–
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
Porém, observa-se que alguns corpos magmáticos
sintectônicos (Fonseca, 1998) podem ser a fonte
do ouro que ocorre, em geral, nos sedimentos de
corrente, nas regiões de Mangaratiba, Vassouras e
Barra do Piraí,
como ainda nas amostras coletadas
nos rios Capivari (região de Silva Jardim), Tanguá,
Caceribu (região de Itaboraí/Tanguá) e Negro (região
de Duas Barras). Outra hipótese sobre a origem
dos teores de ouro nos sedimentos,
nessas regiões,
segundo Hélio Canejo (comunicação verbal,
1999), seria os veios de quartzo, que ocorrem cortando
os corpos magmáticos.

Segundo Fletcher (1997), a presença de teores
de ouro em sedimentos de corrente é devida
ao selecionamento dos grãos durante o transporte.
A eliminação seletiva dos grãos leves enriquece,
localmente, os sedimentos em minerais
pesados.

As amostras coletadas nos rios São João de Meriti
e Pavuna apresentaram, respectivamente,
0,28ppm e 0,06ppm de Au e 0,25ppm e 0,80ppm
de Ag, o que, provavelmente, representa contribuição
antrópica, visto que essa região mostra alta
densidade demográfica e industrial.
Programa Informações para Gestão Territorial
– 16–
Quadro 2 – Informações geológicas segundo as observações deste estudo.
Tipos de Rochas Observações
Gnaisses e migmatitos
(Complexos Juiz de Fora, Paraíba
do Sul, Rio Negro, São Fidélis,
Região dos Lagos)
Os gnaisses ricos em minerais máficos (biotita, hornblenda e piroxênio), migmatitos
com paleossomas com biotita e anfibólio, os corpos anfibolíticos, corpos
ultramáficos e máficos e suítes charnokíticas estão claramente indicados
pela abundância de Cu e Cr. As rochas dos complexos Paraíba do Sul, Rio Negro
e Região dos Lagos mostram-se enriquecidas em Ca.
Rochas graníticas
Na Serra dos Órgãos, nos granitos de Parati, Angra dos Reis e Mangaratiba, e
nos granitóides do Município do Rio de Janeiro observa-se depleção de Se,
As, Pb e Cd. O granito Sana é enriquecido em Ca. Os complexos granitóides
da serra dos Órgãos e os granitos de Parati, Angra dos Reis e de Mangaratiba
são enriquecidos em Li e W, sendo que esses últimos são, também, ricos em
flúor.
Rochas alcalinas
Os corpos alcalinos de Nova Iguaçu (serra de Tinguá), São Gonçalo, Rio Bonito,
Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim, Itatiaia, Resende e serra do
Mendanha são delineados pelos teores de flúor e fósforo, tanto nas amostras
de água, quanto nas dos sedimentos, enquanto o corpo alcalino Morro de São
João, quase na foz do rio São João, mostrou somente anomalia de flúor em
água.
Outras ocorrências
Titânio: Confirmando as informações de Fonseca (1998), ocorrem anomalias
de titânio nas regiões dos complexos Paraíba do Sul e Juiz de Fora. Como ainda,
se destacam os corpos do granito Sana e das rochas dos complexos São
Fidélis e Região dos Lagos. Observam-se, também, anomalias nos granitos de
Angra dos Reis e Mangaratiba. Bário: As anomalias de bário evidenciam os
depósitos e ocorrências de barita, principalmente na Região dos Lagos e nos
municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias, Rio Bonito, Itaguaí, Cachoeiras
de Macacu e Rio de Janeiro.Cálcio e estrôncio: Anomalias de cálcio e estrôncio
confirmam a presença de rochas carbonáticas na região de Cantagalo,
Italva, Barra do Piraí, Valença, Barra Mansa, Miguel Pereira, Três Rios e Paraíba
do Sul, como também, na Região dos Lagos, onde ocorre grande quantidade
de conchas calcárias. Também mapeam os corpos magmáticos pós- e sintectônicos
(Fonseca, 1998). Cálcio, estrôncio e bário: Anomalias desses elementos
evidenciam os granitóides dos complexos Juiz de Fora, Paraíba do Sul
e São Fidélis, como ainda dos granitóides da região de Angra dos Reis, Parati
e Mangaratiba.
6.3 Aplicações Ambientais
Alguns elementos químicos são necessários
à saúde dos seres vivos, fazendo parte de complexos
sistemas enzimáticos, como por exemplo
cobre, zinco, ferro e selênio; porém, são
considerados tóxicos quando presentes no
meio ambiente em altas concentrações. Outros
elementos, tais como mercúrio, cádmio, arsênio
e chumbo, não são essenciais aos seres vivos
do ponto de vista biológico e são considerados
muito tóxicos, quando estão presentes no
meio ambiente, mesmo em baixas concentrações,
porque são acumulativos no organismo
dos animais.
Através de mapas geoquímicos, é possível indicar
áreas com deficiência ou potencialmente tóxicas,
para futuras investigações.
Áreas com altas concentrações de um determinado
elemento podem ajudar na delimitação de depósitos
minerais, de áreas com rejeito industrial
e/ou urbano, com aplicação de pesticidas e/ou fertilizantes,
como ainda, selecionar áreas para estudos
específicos relacionados à saúde pública.
Entretanto, áreas com baixas concentrações de
umdeterminado elemento também podem sinalizar
a ocorrência de algum tipo específico de rocha, caracterizada
pela depleção desse elemento, ou
mostrar áreas agrícolas carentes em nutrientes, o
que atrapalha a sua produtividade, ou até mesmo,
a ocorrência de alguma doença endêmica.
Sendo assim, esses mapas poderão ser bastantes
úteis para outras instituições, quer sejam governamentais
ou não, nas áreas de saúde pública, saneamento
básico, planejamento urbano, agricultura
e monitoramento ambiental.
Para os estudos ambientais, no Projeto Rio de Janeiro,
procurou-se, inicialmente, observar o comportamento
dos elementos considerados tóxicos para o
ser humano e os animais (arsênio, chumbo, cádmio
e flúor) nas amostras de água, e, como complemento,
o comportamento desses elementos nas amostras
dos sedimentos. Estudou-se, também, o comportamento
de outros elementos químicos considerados
essenciais aos seres vivos, mas que podem
ser tóxicos à saúde do homem e dos animais, se estiverem
no ambiente em altas concentrações (alumínio
e cobre). Estudou-se, ainda, o comportamento
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
– 17–
Figura 2 – Distribuição de ouro em sedimentos.
daqueles elementos químicos, essenciais ao ser humano,
mas que podem causar problemas à saúde,
quando ocorrem em muito baixas ou muito altas
concentrações no meio ambiente (zinco e selênio).
Procurou-se, sempre, neste trabalho, considerar
como referência para o estudo das concentrações
dos elementos químicos na água superficial os valores
máximos permitidos pela Resolução da
CONAMA nº 20/86 (tabela 4).
6.3.1 Elementos químicos estudados
No quadro 3, procurou-se sintetizar algumas informações
sobre a influência dos elementos químicos
estudados, no meio ambiente, tanto em relação
à saúde dos seres vivos, quanto à agricultura.
Os elementos selecionados para estudo neste
projeto (As, F, Cd, Pb, Se, Zn, Cu e Al) foram disponibilizados
nas tabelas 5 a 12, como também, em
mapas geoquímicos, nas figuras 3 a 10.
Nitrito
Somente a amostra da água coletada no rio Santana
(afluente do rio Guandu) mostrou teor de nitrito
(1,4mg/l) acima do limiar da CONAMA: 1,0mg/l.
Onitrito é instável em presença de oxigênio, convertendo-
se facilmente em nitrato. A presença de
nitrito na água indica processos biológicos ativos,
influenciados por poluição orgânica.
Nitrato
Todas as concentrações de nitrato detectadas
nas amostras de água analisadas estão abaixo
do limiar da CONAMA: 10mg/l. Porém, segundo a
Cetesb (1995), concentrações de nitrato em
água, acima de 5mg/l, demonstram condições
sanitárias inadequadas, pois as principais fontes
do nitrato são dejetos humanos e de animais. Os
rios Preto e Piabanha mostraram concentrações
de nitrato variando entre 5 e 10mg/l. Esses rios situam-
se em aglomerados urbanos e em região
agrícola, o que pode evidenciar poluição antrópica,
tendo como fontes principais despejos humanos
e animais, bem como produtos químicos e orgânicos
com nitrogênio, provenientes das atividades
agrícolas.
Fosfatos
Observa-se que 43 pontos de amostragem apresentaram
altas concentrações de fosfato em água
superficial, acima do limiar da CONAMA:
0,025mg/l.
Esses pontos de amostragem correspondem a
rios em áreas densamente povoadas (médio vale
do rio Paraíba do Sul) e agrícolas e/ou com pecuária
(norte-noroeste fluminense), o que caracteriza
contaminação antrópica, tendo como fontes: dejetos
de animais, esgotos domésticos, detergentes
e/ou fertilizantes.
Sulfatos
Somente quatro amostras de água superficial
mostraram concentrações de sulfatos acima do
limiar da CONAMA: 250mg/l. Os rios Valão da
Onça (afluente do rio Muriaé) e São João de Meriti
(contribuinte da Baía de Guanabara) apresentaram
concentrações seis vezes maiores que o referido
limiar.
Programa Informações para Gestão Territorial
– 18–
Tabela 4 – Resolução CONAMA nº 20/86 para águas de classe II.
Variável pH Turbidez OD Al As Ba B Cd Co Cu
Limiar 6 a 9 100 >5 0,1 0,05 1,0 0,75 0,001 0,2 0,02
Variável Cr Total Fe Li Mn Ni Pb Se Sn V Zn
Limiar 0,05 0,3 2,5 0,1 0,025 0,03 0,01 2,0 0,1 0,18
Variável Cl

F

NO2 NO3 PO4 SO4
Limiar 250 1,4 1,0 10 0,025 250
(mg/l)
– 19–
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
Quadro 3 – Elementos químicos e o meio ambiente.
Elemento Químico Conseqüências no Meio Ambiente
Alumínio
Não se conhece a importância biológica para os seres vivos, mas sabe-se que a ingestão de
altas concentrações (> 1ppm) de Al é responsável pelo Mal de Alzheimer, laringite crônica e
paralisia dos membros inferiores.
Arsênio
Não é essencial à saúde dos animais e, quando presente em altas concentrações na água e
no solo, é altamente cancerígeno, causando, principalmente, câncer de pele. Em solos, teores
maiores do que 250ppm podem provocar toxicidade em vegetais e no gado.
Antropicamente, resulta de despejos industriais e herbicidas, porém pode ocorrer naturalmente
nas rochas.
Cádmio
Não é essencial aos seres vivos. É acumulativo no organismo humano. Na água, a intoxicação
dá-se pelo consumo de peixe ou ingestão da própria água. Pode causar osteomacia,
nefrite, calcificação nos rins, deformação nos ossos e disfunção renal, bem como câncer,
doenças cardiovasculares e hipertensão. Teores acima de 30ppm em solos podem contaminar
plantações.
Em geral, origina-se de rejeitos de metalurgias, indústrias de baterias e de lonas de freio.
Chumbo
É muito tóxico, acumulando-se principalmente nos ossos. Pode causar danos irreversíveis
ao cérebro, principalmente em crianças em idade escolar, como ainda tumores renais e outros
carcinomas.
No meio ambiente, origina-se de efluentes industriais, baterias, mineração, encanamentos e
soldas.
Cobre
É essencial ao ser humano, porém, em excesso pode causar danos ao fígado e ao cérebro.
É tóxico para os vegetais em teores acima de 2.000ppm em solos.
Antropicamente, origina-se de metalurgias, mineração, inseticidas e fungicidas.
Fluoretos
O flúor é um elemento essencial à saúde dos animais. Porém, quando em baixos teores na
água, pode provocar cáries dentárias. Em teores muito elevados, acima de 1,5mg/l, pode
induzir à fluorose e doenças nos ossos (osteoporose).
No meio ambiente, pode originar-se de áreas mineralizadas (fluorita e apatita), de efluentes
industriais e de fertilizantes fosfatados.
Selênio
É essencial ao ser humano. Quando deficiente nos solos e na água, pode provocar cardiomiopatia
e distrofia muscular. Em excesso, pode causar câncer e deformações nas unhas e
cabelos.
Os fertilizantes fosfatados, em geral, contêm selênio. As águas ricas em Fe e matéria orgânica
complexam o selênio, indisponibilizando-o para o meio.
Zinco
É essencial aos seres vivos. Sua deficiência pode causar dermatite e nanismo no homem.
Baixos teores de Zn podem evidenciar áreas com baixa produtividade agrícola. Altos teores
de zinco no organismo podem causar problemas circulatórios e de concentração mental.
Em altos teores no solo é tóxico para plantações de cereais.
Antropicamente, origina-se de galvanoplastia e de efluentes industriais.
– 20–
Programa Informações para Gestão Territorial
Figura 3 – Distribuição de arsênio em água superficial e sedimentos.
Tabela 5 – Concentração de arsênio em água superficial e sedimentos (figura 3).
Meio Amostrado Pontos com Altos
Teores Concentração pH Limiar
Água – < 0,05mg/l – CONAMA
(1986) 0,05mg/l
Sedimentos
rio Tingui (Lagoa Araruama) 13,53ppm 7,1

rio Taquari (Angra dos Reis) 12,32ppm 6,3
rio Alambari (Resende) 11,96ppm 6,7
rio Santíssimo (Santa Maria
Madalena) 10,74ppm 6,6
– 21–
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
Figura 4 – Distribuição de flúor em água superficial e sedimentos.
Tabela 6 – Concentração de flúor em água superficial e sedimentos (figura 4).
Meio Amostrado Pontos com Altos Teores Concentração pH Limiar
Água
rio São João
13,73mg/l 7,9
CONAMA (1986)
1,4mg/l
Sedimentos
rio Macaé 953ppm 6,7

rio São Vicente (afluente do
rio Muriaé) 803ppm 5,7
rios Inhomirim e Guapi-Açu
(Baía de Guanabara)
787ppm
762ppm
6,3
6,5
– 22–
Programa Informações para Gestão Territorial
Figura 5 – Distribuição de cádmio em água superficial e sedimentos.
Tabela 7 – Concentração de cádmio em água superficial e sedimentos (figura 5).
Meio
Amostrado
Pontos com Altos
Teores Concentração pH Limiar
Água
rio Piabanha (Areal) 0,007mg/l 6,9 CONAMA (1986)
rio Paquequer (Carmo) 0,006mg/l 6,6
rios da Prata e Macabu (Lagoa
Feia) 0,004mg/l 0,006mg/l 5,6
5,6 0,001mg/l
rio Ubá (Paty de Alferes) 0,003mg/l 7,8
Sedimentos
rio Guapi-Açu (Baía de Guanabara)
8,99ppm 6,5
rio dos Frades (Teresópolis) 6,60ppm 6,9 –
rio Ipiabas (Barra do Piraí) 4,03ppm 7,4
– 23–
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
Figura 6 – Distribuição de chumbo em água superficial e sedimentos.
Tabela 8 – Concentração de chumbo em água superficial e sedimentos (figura 6).
Meio Ambiente Pontos com Altos
Teores Concentração pH Limiar
Água
rio Valão da Onça (afluente
do rio Muriaé) 0,30mg/l 6,5
CONAMA (1986)
0,03mg/l
rios Pomba e Bom Jardim
(Noroeste Fluminense)
0,076mg/l
0,054mg/l
6,6
7,0
ribeirão do Limão
(Araruama) 0,04mg/l 6,9
rios Ubá, Mingu e Santa
Isabel (afluentes do rio Paraíba
do Sul)
0,045mg/l
0,050mg/l
0,040mg/l
7,8
7,0
7,0
Sedimentos
rios Pavuna, Sarapuí e São
João de Meriti (Baía de
Guanabara
318,9ppm
127,7ppm
84,70ppm
5,5
6,9
4,0
Prater & Anderson
(1977)
40ppm
– 24–
Programa Informações para Gestão Territorial
Figura 7 – Distribuição se selênio em água superficial e sedimentos.
Tabela 9 – Concentração de selênio em água superficial (figura 7).
Meio
Amostrado
Pontos com Altos
Teores Concentração pH Limiar
Água
rio Guaraí (Baía de Guanabara),
córrego Bom Jardim
(Santo Antônio de Pádua);
rios Pomba (noroeste fluminense),
Ubá (Paty de Alferes)
e Manoel Pereira (Rio das Flores)
0,05mg/l
5,9
7,0
6,6
7,8
6,9
CONAMA (1986)
0,01mg/l
rio Macabu (Lagoa Feia), ribeirão
do Limão e rio Ibicuíba
(Araruama); rios Paquequer
(Carmo), Matozinho, Mingu e
córrego Santa Isabel (Paraíba
do Sul) e rio das Flores
(Manoel Duarte)
0,06mg/l
5,6
6,9
6,9
6,6
7,1
7,0
7,0
7,2
rios Calçado e Piabanha
(Areal) e Preto (São José do
Rio Preto)
0,07mg/l
7,3
6,9
6,2
rio Valão da Onça (Sapucaia,
afluente do rio Muriaé) 0,17mg/l 6,5
Sedimentos Não foi realizada análise de
Se em sedimentos. – – –
– 25–
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
Figura 8 – Distribuição de zinco em água superficial e sedimentos.
Programa Informações para Gestão Territorial
– 26–
Tabela 10 – Concentração de zinco em água superficial e sedimentos (figura 8).
Meio
Amostrado
Pontos com Altos
Teores Concentração pH Limiar
Água rio Morto (Lagoa de Jacarepaguá)
0,213mg/l 7,1 CONAMA (1986)
0,18mg/l
Sedimentos
63 amostras apresentaram
teores acima do permitido
para sedimentos:
- rios contribuintes das baías
da Ilha Grande e de Mangaratiba;
- lagoas de Saquarema, Jacarepaguá
e Guarapina;
- afluentes do rio Paraíba do
Sul (entre Paraíba do Sul e
Resende)
70 a 100ppm 6,0 a 7,5
Prater & Anderson
(1977)
70ppm
rios contribuintes da Baía de
Guanabara (da Guarda, Guandu,
Sarapuí, Canal do Taquara,
Guaraí, Caceribu, Suruí e Inhomirim)
100 a 176ppm 5,9 a 7,1
rio Macaé 121ppm 6,7
rio Valão da Onça (Sapucaia,
afluente do rio Muriaé) 169ppm 6,5
rios São João de Meriti, Saracuruna,
Pavuna e Iguaçu (contribuintes
da Baía de Guanabara)
204ppm
392ppm
516ppm
1.244ppm
4,0
6,2
5,5
6,7
– 27–
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
Figura 9 – Distribuição de cobre em água superficial e sedimentos.
Tabela 11 – Concentração de cobre em água superficial e sedimentos (figura 9).
Meio
Amostrado
Pontos com Altos
Teores Concentração pH Limiar
Água
As concentrações de cobre
ficaram abaixo do limiar da
CONAMA (1986)
<0,02mg/l – CONAMA (1986)
0,18mg/l
Sedimentos
rio Seco (Lagoa de Saquarema)
32,08ppm 6,7
Prater & Anderson
(1977)
25ppm
rio do Salto (Itatiaia) 32,10ppm 7,5
rio Paraíba do Sul (Campos) 33,50ppm 7,8
rio Barra Mansa (Barra Mansa)
33,94ppm 6,9
rio Valão da Onça (Sapucaia,
afluente do rio Muriaé) 46,49ppm 6,5
rios São João de Meriti e Guaraí,
Iguaçu e Sarapuí (contribuintes
da Baía de Guanabara
58,1ppm
59,1ppm
127,4ppm
158ppm
4,0
5,9
6,7
6,9
– 28–
Programa Informações para Gestão Territorial
Figura 10 – Distribuição de alumínio em água superficial e sedimentos.
Tabela 12 – Concentração de alumínio em água superficial e sedimentos (figura 10).
Meio
Amostrado
Pontos com Altos
Teores Concentração pH Limiar
Água
32 amostras apresentaram
teores > 0,1mg/l, sendo
que se podem destacar:
cor. Liberdade (afluente do
rio Itabapoana)
rio Una (Tamoios)
rio Valão da Onça (Sapucaia,
afluente do rio Muriaé)
1,02mg/l
3,86mg/l
10,68mg/l
6,8
4,0
6,5
CONAMA (1986)
0,1mg/l
Sedimentos As amostras apresentam
baixos teores de Al.
0,22ppm
a
6,5ppm
– –
Antropicamente, altos teores de sulfatos em
água originam-se de aglomerados urbanos e industriais.
Naturalmente, provêm de sulfetos presentes
nas rochas.
Cloretos
Observa-se que oito amostras de água superficial
mostraram teores acima do limiar da CONAMA:
250mg/l. Na maioria dos casos, esses altos teores
de cloretos na água parecem ser devidos à contaminação
natural, em virtude da intrusão da água do
mar. Porém, os rios Valão da Onça (afluente do rio
Muriaé) e Pião (afluente do rio Itabapoana), na região
norte-noroeste do estado, mostram concentrações
de 108,91mg/l e 348,18mg/l, respectivamente,
evidenciando contaminação antrópica, proveniente
de esgotos sanitários ou industriais e/ou dejetos
de animais e/ou através do uso de pesticidas
clorados, o que pode causar corrosão em tubulações
de aço e de alumínio, além de alterar o sabor
da água.
– 29–
Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro


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