Páginas

sábado, 6 de julho de 2013

Saiba quais fatores físicos tornam uma gema valiosa no mercado :

Só em 2012, o Brasil exportou mais de U$ 3,3 bilhões em joias, incluindo ouro e gemas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM). No que tange a produção mundial em 2011, a entidade apontou o país como sendo o sétimo do mundo em termos de produção de joias. Diante deste cenário, e de um vasto acervo de pedras preciosas encontradas no Brasil, cada vez mais o mercado nacional vem demandando profissionais que possam identificar de forma correta as gemas, como são conhecidas as pedras preciosas e não-preciosas depois de serem lapidadas, ou polidas.
Para a gemóloga Daniela Newman, professora de Mineralogia do curso de Gemologia, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), cenário do Globo Universidade exibido no dia 6 de julho, é necessário que o profissional que trabalha no ramo de joias saiba identificar exatamente não só as diferentes espécies de gemas, como suas variedades, já que há uma grande diferença de valor e raridade entre elas.
Daniela Newman, professora de Mineralogia da UFES (Foto: Divulgação)Daniela Newman, professora de Mineralogia do
curso de Gemologia da UFES (Foto: Divulgação)
No Brasil, segundo ela, os principais depósitos minerais de gema estão localizados em estados como o de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, São Paulo e Paraná. As gemas brasileiras mais comuns são oriundas de variações do mineral berilo, incluindo pedras como a esmeralda, água-marinha, morganita e heliodoro; as turmalinas, com destaque para as turmalinas da Paraíba; as variedades do mineral espodumênio, que abrange a kunzita, hiddenita, hialofana; fosfatos, como a brasilianita e apatita; além dos óxidos, incluindo o rubi, a safira e o crisoberilo. Fazem parte da lista ainda diamantes e opalas, dentre outras gemas coradas.
Entre as mais preciosas, Daniela destaca o diamante, encontrado na Serra do Espinhaço (MG), Tibagi (PA), Juina (MT) e em Rondônia; a turmalina Paraíba; a esmeralda, comum em cidades como Socoto (BA), Santa Teresinha de Goiás (GO), Carnaíba (PE), Monte Santo (BA) e Nova Era (MG); e a água-marinha, encontrada em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. “Uma turmalina Paraíba, via de regra, valerá mais do que uma apatita azul; bem como uma goshenita (variedade incolor do berilo) é mais rara do que um quartzo incolor. O diagnóstico correto de uma gema é o que dará credibilidade ao profissional, agregando valor tanto ao material isolado quanto montado em uma joia”, ressalta a gemóloga.
Uma gema é definida pela sua cor, pureza, beleza, raridade e portabilidade. Mas o que diferencia uma pedra da outra? Daniela explica que as gemas são diferenciadas pelas suas propriedades ópticas e físicas, principalmente no que diz respeito ao índice de refração, birrefringência (dupla refração), densidade, espectro de absorção de luz, sendo tais características resultantes da estrutura cristalina (sistemas de cristalização) da gema e da sua composição química. “O importante é que, em se tratando de gemas, todos os testes aplicados devem ser de caráter não destrutivo”, ressalta a especialista.

Para ver mais :

                http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2013/07/saiba-quais-fatores-fisicos-tornam-uma-gema-valiosa-no-mercado.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário