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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

OGX sobe mais de 200% em 3 meses :

 
Atualizado: 23/01/2014 17:18 | Por InfoMoney, InfoMoney

OGX sobe mais de 200% em 3 meses; analistas dizem que ações ex-X podem duplicar

A empresa pediu recuperação judicial no final de outubro, que culminou em sua saída do Ibovespa
OGX sobe mais de 200% em 3 meses; analistas dizem que ações ex-X podem duplicar
SÃO PAULO - Na lona, a Óleo e Gás Participações, antiga OGX Petróleo (OGXP3), prometia uma recuperação no final do ano: se conseguisse sobreviver, iria começar a produção no campo de Tubarão Martelo, poderia ver Tubarão Azul voltar a extrair petróleo do fundo do mar. Para sobreviver, precisava deixar as dívidas de lado - ou corria o risco de ter a falência pedida pelos credores.
Por conta disso, pediu recuperação judicial no final de outubro, que culminou em sua saída do Ibovespa - e uma espetacular queda dos R$ 0,30 para os R$ 0,11. Uma gigante que já valeu R$ 70 bilhões no auge, a OGX vale R$ 1 bilhão atualmente, depois de chegar a ser cotada apenas a R$ 355,9 milhões quando estava na mínima.
Uma ferramenta para permitir que empresas em estágio pré-falimentar consigam sobreviver, a recuperação judicial tem feito bem para a OGX: desde o fundo, a ação da petrolífera de Eike Batista já se valorizou em mais de 200%, pulando dos R$ 0,11 para R$ 0,35 nesta quinta, fechando com alta de 9,37% - em um pregão marcado por leilões.
Os últimos meses foram os melhores para a ação em muito tempo. Ela não tinha dois meses de alta superior a 5% desde agosto e setembro de 2009 - mas subiu 23,08% em novembro e escabrosos 50,00% em dezembro. A desvalorização abriu espaço para esse movimento, mas não sem dúvidas em relação ao andamento da companhia: ainda há um "risco-X" elevado, por conta da exposição de Eike da empresa e dos imbróglios com a reestruturação.
A empresa fechou um acordo no final do ano passado com os credores que promete ser a "salvação da empresa", já que elimina as elevadas dívidas da empresa, em R$ 11 bilhões. Mas não necessariamente a salvação dos acionistas, quando o acordo definitivo for assinado, haverá uma megadiluição de ações - Eike, dono de 50% da empresa, será dono de 5% no final, mesmo percentual dos minoritários. Sem Eike, a expectativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg é que as ações que eram do grupo EBX, como a OGX, possa duplicar de valor.
Futuro da empresa
Com isso, alguns acionistas já pretendem tentar impedir o acordo judicialmente. Eles querem que Eike volte atrás no acordo e injete, de seu próprio bolso, o US$ 1 bilhão que ele prometeu para a empresa anteriormente. O acordo atual prevê a entrada de cerca de US$ 200 milhões do bolso dos credores para manter a empresa funcionando.
É um recomeço: sem dívidas, a empresa apenas "regrediu" ao patamar em que estava em 2012, quando começou a produzir petróleo em Tubarão Azul - e prometia ganhar fôlego para expandir-em novos territórios, financiado pelo "ouro negro" a jorrar por essa bacia. Promessas que eram calcadas em um grande otimismo, característico de Eike Batista, que logo deverá assumir a posição de "ex-controlador".
Em 2014, é Tubarão Martelo que assume esse posto de "promessa" - e começou com uma boa produção de petróleo, de cerca de 13 mil barris de petróleo por dia. Para o minoritário da OGX, só resta rezar para que o novo campo traga mais sorte do que o antigo. Enquanto isso, a direção da companhia quer manter a promessa que foi feito ao mercado durante o processo de reestruturação de dívidas: "menos otimismo, mais realismo". 

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