Páginas

terça-feira, 26 de março de 2013

Gemas : ametista , esmeralda, turmalina.


 
http://www.pormin.gov.br/informacoes/arquivo/gemas_ametista_esmeralda_turmalina_propriedades_aplicabilidade_ocorrencias.pdf
 
 
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
Gemas - Ametista, Esmeralda e Turmalina
Descrição:
Este documento contém informações sobre as prin
cipais características físicas e químicas desse
grupo de minerais, suas aplicabilidades e formas de ocorrência.
Palavras-chave:
composição química, propriedades óticas, co
r, dureza, clivagem, densidade, cor, brilho,
diversidades mineralógica
s, usos, ocorrências.
1. Características físicas e químicas das gemas
2. Aplicabilidade das gemas
3. Ocorrências das gemas
1. Características físicas e químicas das gemas
AMETISTA
1.
FAMÍLIA /GRUPO:
Família dos Tectossilicatos; Grupo do Quartzo.
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
SiO
2
. Óxido de silício.
3.
COMPOSIÇÃO:
Si = 46,7%, O = 53, 3%. Apresenta compostos de ferro e manganês, que lhe rendem
sua cor característica.
4.
CRISTALOGRAFIA:
sistema Hexagonal-trigonal
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Isotrópico uniaxial positivo (biaxial
quando deformado, 2V de 5º ou mais).
Quase sempre contém inclusões, tais como: turmalina, clorita, mica, magnetita, zircão. Pode conter
vacúolos.
6.
HÁBITO:
Prismático, granular, maciço.
7.
CLIVAGEM:
Imperfeita {1011} ou {0111}.
8.
DUREZA:
7
9.
DENSIDADE:
2,65
10.
FRATURA:
Conchoidal, quebradiça.
11.
BRILHO:
Predomina o brilho vítreo.
12.
COR:
Geralmente violeta,
roxa ou púrpura.
13.
TRAÇO:
Incolor.
14.
VARIAÇÕES:
Existe uma variedade bicolor,
denominada quartzo ametista,
trata-se de uma forma mais
compacta de ametista que, freqüentemente possui bandas de quartzo leitoso. Além de, uma variedade
tricolor com uma extremidade de cor roxa, a outra
extremidade amarela, sendo cortada por uma faixa
incolor. Outras espécies são: Ametista Jacobina, va
riedade de ametista escura com tonalidades vivas;
Ametista Madagascar, variedade de ametista violeta-escura, levemente enfumaçada ou violeta-púrpura
quando mais clara; Ametista –m
osquito, variedade com pequenas inclusões de goethita; Ametista-
espanhola, nome dado a ametistas finas comercia
lizadas na Espanha de origem desconhecida e cor
púrpura. Também existe a ametista Uruguai, ametista-uraliana, ametista-siberiana, etc.
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Caracterizado por sua cor violeta, seu brilho vítreo, fratura
conchoidal, e forma cristalina.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Devido a mostrar em muitas vezes alternância de faixas claras e escuras, a
ametista costuma ser lapidada com
a mesa inclinada em relação ao
plano das faixas. Também costuma
ser lapidada em cabochão, pêra ou brilhante. É cons
iderada símbolo da sinceridade e lucidez, antigamente
acreditava-se que a ametista combatia a embriagu
ez, o sono e até mesmo gafanhotos. A Rússia tem
produzido ametista sintética de ótima qualidade. Qu
ando aquecida à ametista
pode se transformar em
citrino. A ametista pode atingir
grandes dimensões, sendo conhecido um cristal com cerca de 250Kg no
Museu Britânico.
Referências:
BRANCO, P. M. (1984). Glossário Gemológico, Ed. da UFRS, Porto Alegre, RS. pp. 19-20.
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia 1ª edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro, RJ, p. 529.
DIANA, F. R. (2004). Pedras Brasileiras. Ed. Reler, Rio de Janeiro, RJ, p. 52.
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
SCHUMANN, W. (2002). Gemas do Mundo, Ed. Ao Livro Técnico In
dústria e Comércio Ltda., traduzido por Mário Del Rio, 9ª
Edição, p. 118.
ESMERALDA
1.
FAMÍLIA/GRUPO:
Família de Ciclossilicatos; Grupo do Berilo
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
Be
3
Al
2
(Si
6
O
18
)
3.
COMPOSIÇÃO:
Silicato de berilo e alumínio. BeO 14,0%, Al
2
O
3
19,0% , SiO
2
67,0%. Freqüentemente
estão presentes pequenas quantidade
s de álcalis, constituindo, muitas vezes, parcialmente, em césio.
4.
CRISTALOGRAFIA:
Hexagonal, classe bi
piramidal-dihexagonal
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Uniaxial
6.
HÁBITO:
Prismático, freqüentemente estriado e entalhado.
7.
CLIVAGEM:
Indistinta, imperfeita basal.
8.
DUREZA:
7,5 a 8
9.
DENSIDADE:
2,75 - 2,80
10.
FRATURA:
concóide, estilhaçada e irregular
11.
BRILHO:
vítreo
12.
COR:
verde-esmeralda, ve
rde-claro, verde-escuro, ve
rde-amarelo, azul,
amarelo do ouro, róseo, branco e
incolor.
13.
TRAÇO:
branco
14.
VARIAÇÕES:
Esmeralda (verde-escuro); berilo (verde-c
laro); água marinha (azul-pálido); morganita
(róseo); berilo-dourado (amarelo-ouro).
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Reconhecido, usualmente por sua
forma cristalina hexagonal e pela
cor. Distingue-se da apatita pela sua dureza. Risca o quartzo. Possui diversas fraturas, inclusões, fato que
lhe deixa susceptível a impactos, com características quebradiças.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Devido à presença de várias fraturas
inclusões e outros planos de fraqueza
na esmeralda, foi desenvolvida uma
forma de lapidação em degraus, na
qual os quatro ângulos agudos
são cortados e facetados, de forma que a gema fiqu
e menos vulnerável aos possíveis impactos. Lapida-se
a água-marinha em tesoura e em degraus. A água-mar
inha pode apresentar canais finos, onde a luz é
refletida na cor branca. Se estes canais forem abundantes pode-se conseguir o efeito olho-de-gato ou
asterismo com estrelas de seis po
ntas. Podem-se confundir a água-m
arinha com o eucl
ásio, cianita,
topázio, turmalina, zircão e imit
ações do vidro. A esmeralda pode
ser confundida com a aventurina,
demantóide, diopsídio, diop
tásio, grossulária, hiddeni
ta, peridoto, uvarovita, verdelita. A cor verde da
esmeralda está associada co
m a presença do cromo, o verde do ber
ilo está associado ao vanádio. A cor
azul da água-marinha está associada com
o ferro. O nome esmeralda vem do grego “
smaragdos
” significa
pedra verde.
Referências:
BRANCO, P. M. (1984). Glossário Gemológico, Ed. da UFRS, Porto Alegre, RS. p. 29.
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia, 1ª edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro, RJ, p. 376.
DIANA, F. R. (2004). Pedras Brasileiras. Ed. Reler, Rio de Janeiro, RJ, p. 46, 64, 88.
SCHUMANN, W. (2002) Gemas do Mundo, Ed. Ao Livro Técnico In
dústria e Comércio Ltda., traduzido por Mário Del Rio, 9ª
Edição, p. 90-96.
TURMALINA
1.
FAMÍLIA /GRUPO:
Família dos Ciclossilicatos; Grupo da Turmalina
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
XY
3
Al
6
(BO
3
)
3
(Si
6
O
18
)(OH)
4
, na qual X = Na, Ca e Y = Al, Fe
3
, Li e Mg.
3.
COMPOSIÇÃO:
Trata-se de um borossilicato complexo
de alumínio com composição variada.
4.
CRISTALOGRAFIA:
Sistema hexagonal-trigonal
- Classe: dipiramidal.
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Uniaxial.
6.
HÁBITO:
Prismático, algumas compactas, maciças; também
em colunas grossas e finas, tanto radiadas
como paralelas.
7.
CLIVAGEM:
Indistinta.
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
8.
DUREZA:
7 a 7,5.
9.
DENSIDADE:
3,0 a 3,25.
10.
FRATURA:
Desigual, concóide, quebradiça.
11.
BRILHO:
vítreo a resinoso.
12.
COR:
Incolor, rósea, vermelha, amarela, parda,
verde, azul, roxa, preta e multicolorida.
13.
TRAÇO:
Branco.
14.
VARIAÇÕES:
Acroíta (incolor ou quase incolor, muito
rara); Dravita (amarelo-castanho e castanho-
escuro); Indigolita (azul em todos
os graus); Rubelita (rósea ou verm
elha, ocasionalmente com tonalidade
violeta. A mais valiosa tem a cor do rubi); Schorlita
(negra muito comum. Usadas
em joalheria); Siberita
(vermelho-lilás até azul-violeta); Verdel
ita (todos os matizes do verde); etc.
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Reconhecida, usualmente, pela seção transversal triangular,
arredondada, dos cristais e pela fratura concóide. Apre
senta estria paralela ao eixo “c”. Distingue-se da
hornblenda pela ausência de clivag
em prismática. Pode-se identificar a turmalina no microscópio óptico
pelo seu forte pleocroísmo e elevada birrefringênci
a. Um mesmo cristal pode ter uma cor em cada
extremidade e ainda uma terceira no centro. Ou te
r uma cor externamente e outras no seu interior.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Seu nome vem do cingalês, “
Turmalii
”. Nenhum mineral utilizado para
gemas possui uma variedade de cores tão rica como a
turmalina, esta caracterís
tica foi responsável por
despertar um grande interesse em seu uso como ge
ma. Podem-se confundir a turmalina com ametista,
andaluzita, crisoberilo, citrino,
demantóide, hiddenita, pe
ridoto, prasiolita, quartzo enfumaçado, rubi,
esmeralda, espinélio sintético verde, topázio róseo,
vesuvianita, zircão e algu
mas imitações do vidro. A
turmalina é fortemente piroelétrica e piezoelétrica. Existem turmalinas bicolores, tricolores e
multicoloridas.
Referências:
BRANCO, P. M. (1984). Glossário Gemológico,
Ed. da UFRS, Porto Alegre, RS. p. 181-182.
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia, 1ª
edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro, RJ, 468-470.
DIANA, F. R. (2004). Pedras Brasileiras. Ed. Reler, Rio de Janeiro, RJ. p. 124
SCHUMANN, W. (2002). Gemas do Mundo, Ed. Ao Livro Técnico In
dústria e Comércio Ltda., traduzido por Mário Del Rio, 9ª
Edição, p. 110-112.

Nenhum comentário:

Postar um comentário