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quarta-feira, 27 de março de 2013

PROCURO PARCERIA EM ENGENHARIA ELETROMECÂNICA

PROCURO PARCERIA TEÓRICA E PRÁTICA EM PROJETO DE  ENGENHARIA ELETROMECÂNICA

POSSO GARANTIR QUE SERÁ ALGO DE SIGNIFICÂNCIA COMO POUCOS SIMILARES NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
                         E QUEM SABE ATÉ NA HORA EXATA PARA SALVAR O PLANETA , PELO MENOS VAI SER DIMINUÍDA EM 80% DA EMISSÃO DE CARBONO DOS VEÍCULOS AUTOMOTORES
                        SÓ EM CRÉDITOS DE CARBORNO SERÃO GERADOS BILHÕES, E AINDA NATURALMENTE VAI SER " PATENTE  VERDE ", OU SEJA OBTIDA COM MAIOR RAPIDEZ , E ATÉ ISENÇÕES FISCAIS.
  TENTEI FALAR COM MESTRE EIKE  , MAS NÃO ROLOU  " AINDA , POIS , SE ELE ME DER 10 MINUTOS ELE COMPRA A IDÉIA NA HORA ,  " O CARA  É  O MIDAS  " E COM UMA VISÃO  ÚNICA  DO QUE É  EMPREENDER ,  " TEM  FARO ".

  AH, SIM : TENTEI  OUTRO GRANDE FIGURA DE NOSSO PAÍS  O ROBERTO JUSTUS , MAS TAMBÉM NÃO TIVE COMO EXPÔR A IDÉIA ; MAS A IDÉIA POR SÍ SÓ VAI ACONTECER É MUITO SIMPLES BARATA , E A QUESTÃO É : QUEM VAI FAZER 1º

  UMA AMIGA ALINE , POSTOU:
                                                            "SE QUER QUE ALGO DÊ CERTO , NÃO DIGA NADA A NINGUÉM; PARECE O LANCE DA VELINHA NO ANIVERSÁRIO, OU A ESTRELA CADENTE  , TEM DIREITO A UM DESEJO MAS SE CONTAR NÃO CRISTALIZA  ( OU MATERIALIZA ; COMO QUEIRÃO )
  QUE FIQUE AQUI O REGISTRO QUE CONFIDÊNCIEI A IDÉIA AQUI PROPOSTA (EM UMA NOITE ,  NO MÊS DE DEZEMBRO DE 2012,  TELEFONEMA DADA D'ELE PARA MIM ), AO MESTRE GUILHERME ,
                   ( COM QUEM FIRMEI PACTO COM FIRMA RECONHECIDA, SOBRE ESTUDO DE  PATENTES ANTERIORMENTE FEITO )


  

       NÃO POSSO FALAR MAIS NADA AGORA;

 NO AGUARDO
 FELIZ PÁSCOA PARA TODOS,PRINCIPALMENTE PRA CRIANÇADA, COMO FAZÊ-LAS FELIZ, AMOR CALOR,  E CHOCOLATE É CLARO
TUDO DE ÓTIMO PRA TODOS
FIQUEM COM "  DEUS ".

terça-feira, 26 de março de 2013

A Serra das Esmeraldas: Cartografia, Imaginário e Conflitos Territoriais na Capitania do Espírito Santo (Séc. XVII)

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
 FABIO PAIVA REIS
A SERRA DAS ESMERALDAS:Cartografia, Imaginário e Conflitos Territoriais na Capitaniado Espírito Santo (Séc. XVII




http://www.academia.edu/1304433/A_Serra_das_Esmeraldas_Cartografia_Imaginario_e_Conflitos_Territoriais_na_Capitania_do_Espirito_Santo_Sec._XVII_




Fernão Dias Pais e as Bandeiras

 

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fern%C3%A3o_Dias_Pais

Fernão Dias Pais

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Escultura de Fernão Dias Pais Leme, exposta no Museu Paulista.
Fernão Dias Pais Leme [1] (São Paulo, c. 1608sertão do Espírito Santo[2], provavelmente Quinta do Sumidouro, em 1681) foi um bandeirante paulista. Ficou conhecido como "O Caçador de Esmeraldas". É o bandeirante de mais largo renome, juntamente a Antônio Raposo Tavares.

Índice

A bandeira de 1638

Integrou a famosa bandeira de Antônio Raposo Tavares, ao sul do Brasil, em 1638, que devassou os atuais estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e talvez o Uruguai. Nos ataques às reduções do Ibicuí, no atual Rio Grande do Sul, acompanhava-o o irmão Pascoal Leite Pais, que, sofrendo uma derrota a tropa que comandava, como capitão, em Caaçapaguaçu, em 1638, foi preso pelos espanhóis comandados por D. Pedro de Lugo e levado para o rio da Prata. Somente anos depois voltaria a São Paulo, para tomar parte em bandeiras até morrer em 1681, em sua fazenda de Parnaíba.

A bandeira de 1644

Defensor da expulsão dos jesuítas, que não concordavam com a escravização dos índios, partiu em nova bandeira, de 1644 a 1646, dessa vez pelo sertão paulista. Em 1650, administrou a construção do Mosteiro de São Bento, na Vila de São Paulo[3], sendo eleito juiz ordinário no ano seguinte. Em 1653, promoveu uma reconciliação entre paulistas e jesuítas.

A bandeira de 1661

Mas, em 1661, empreendeu novas expedições ao sertão em busca de índios para escravizar. Penetrou o Sul "até a serra de Apucarana", no "Reino dos índios da nação Guaianás", ou seja, no sertão do atual estado do Paraná. Retornou em 1665, com gente de três tribos, mais de quatro mil índios, mas, sem conseguir vendê-los, passou a administrá-los numa aldeia às margens do Rio Tietê, em suas terras, abaixo da vila de Parnaíba. Abastecia assim suas próprias lavouras.
As grandes expedições e descobertas por Lourenço Castanho Taques, Borba Gato, Matias Cardoso de Almeida e Fernão Dias se deram entre 1660 e 1670. Desde que uma entrada pelo Espírito Santo, chefiada por Marcos de Azeredo, dito O Velho, trouxe amostras de esmeraldas, em 1611, havia renascido o sonho de encontrar tais pedras.
Em 1671, Fernão Dias Pais Leme recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Uma carta régia de 21 de setembro de 1664 tinha-lhe pedido para "ajudar Agostinho Barbalho Bezerra", de modo que a corte começava a tomar conhecimento das esperanças por ouro renascidas no Sabaraboçu.

A bandeira de 1674

Elogiado pelos seus grandes serviços pelas cartas régias de 27 de setembro de 1664, de 3 de novembro de 1674, de 4 de dezembro de 1677 e de 12 de novembro de 1678, o bandeirante preador de índios se animou à empresa. Escreveu ao governador – ou lhe escreveu D. Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça, senhor e depois primeiro visconde de Barbacena e governador-geral desde 8 de maio de 1671, incentivando-o a buscar regiões de prata e esmeraldas. Deu-lhe carta patente de chefe da grande bandeira com o título de "governador das esmeraldas e da conquista dos índios Mapaxós."
Para outros historiadores, como Diogo de Vasconcelos, Fernão Dias Pais Leme se ofereceu ao governador. Diz ele: "Seria chefe de ilustre família, senhor de vastos latifúndios e milhares de escravos, aldeias de índios que administrava, e grossos cabedais, além de corpo de armas numeroso."
De qualquer jeito, data de 30 de outubro de 1672 sua patente de "governador das esmeraldas", vinda da Bahia. No início dos preparativos, usou Manuel Pires Linhares, outro sertanista notável que viria a figurar, juntamente a Marcos de Azeredo Coutinho, como o descobridor das minas no distrito dos Cataguás ou Cataguazes. Teria Fernão declarado, em 1672, à câmara de São Paulo, "que ia aventurar pelas informações dos antigos e que se reportava ao que tinha escrito ao governo deste Estado sobre minas de prata e esmeraldas".
Teria sessenta anos: D. Lucrécia Leme, sua avó, viúva de Fernão Dias Pais Leme, em termo de inventário de 12 de maio de 1606, declara ter tido seu quinto filho Pedro Dias Pais (pai de Fernão Dias Pais Leme) aos 22 anos. Fernão Dias foi o primogênito.
Na carta recebida do rei, elogiando seus grandes serviços, insinuava a conquista dos índios goianás. Ora, parte dessa nação, aterrada, se refugiara além da serra atual de Apucarana, onde formaram reino em que, em breve, guerreariam entre si. Eram os índios de melhor índole em sociedade, monógamos, cultivando a terra, vivendo em aldeias, mostrando noções de governo incomuns. Fernão Dias aproveitara a ocasião e penetrou o sertão, quando da guerra de extermínio entre eles, e conquistou-os para os apresentar ao grêmio da Igreja, conduzindo mais de cinco mil para as terras do rio Tietê junto à vila de Parnaíba, de sua propriedade. Quando da morte depois de seu régulo Tombu, que recusara de início receber o batismo por não crer numa lei em que o Senhor não castigava de pronto os infratores, mas afinal se batizara e recebera nome de Antônio, os goianás quiseram voltar ao sertão, mas Dias Pais os impedira, e com eles compôs a principal coluna da leva com que mais tarde marchou para o sertão.
A 8 de agosto de 1672, Fernão Dias Pais Leme se apresentou à câmara de São Paulo a chamado de seus oficiais e declarou que, em cumprimento da carta régia, partiria em março seguinte para o sertão de Sabaraboçu a fim de descobrir prata e esmeraldas. Itaverava-uçu ou Sabarabuçu era a "serra que resplandece", inventada por Filipe Guilhem: sertanista castelhano, a procurar nas "gerais" sem tamanho a misteriosa montanha de prata ou esmeralda, visão do paraíso... Buscavam também o lugar denominado por Marcos de Azeredo Coutinho, o primeiro que penetrou aqueles sertões, onde morreu de carneiradas, de que mais tarde será também será vitima o próprio Fernão Dias Pais Leme no rio Sumidouro, chamado Anhonhecanduva pelos índios.
Sua bandeira foi precedida pela bandeira de Matias Cardoso de Almeida, enviado em 1673 com a missão de plantar as indispensáveis roças de mantimentos. Matias Cardoso havia conhecido os tais índios mapaxós, aos quais obrigara a ir cada vez para mais longe. A outra parte da bandeira, ou segunda vanguarda, comandada por Bartolomeu da Cunha Gago, partiu no início de 1674, procedendo às colheitas e armazenando-a ao longo da jornada.

A partida

Em 20 de julho de 1674, Fernão Dias escreveu carta a Bernardo Vieira Ravasco em que diz: "minha partida que será amanhã, sábado, 21 de julho de 1674, com 40 homens brancos e tenho quatro tropas minhas com toda a carga de mais importância no serro onde está o capitão Matias Cardoso esperando por mim, o qual me mandou pedir gente escoteira com pólvora e chumbo."[carece de fontes]
Matias Cardoso de Almeida se unira à expedição com um terço de sua própria dependência, armado a sua custa. Por vanguarda, já Bartolomeu da Cunha Gago fora enviado na frente.
Fernão partiu em 21 de julho de 1674. Teria sessenta e seis anos, e se fez acompanhar de seiscentos homens mais (cerca de quarenta brancos ou mamelucos e o restante de índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais e seu genro Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, além de numerosos outros sertanistas experientes: Francisco Pais de Oliveira Horta, seu genro, casado com Mariana Pais Leme; Francisco Pires Ribeiro, também chamado "Francisco Dias da Silva", seu sobrinho, filho de sua irmã Sebastiana Dias Leite e de Bento Pires; Antônio Bicudo de Alvarenga; Antônio Gonçalves Figueira; Antônio do Prado da Cunha; Baltasar da Costa Veiga; Belchior da Cunha, mameluco; Diogo Barbosa Leme; Domingos Cardoso Coutinho; João Bernal, que desertou com sua tropa em 1680; João Carvalho da Silva; José da Costa; José de Castilhos, que teve o posto de capitão e por morte de Fernão Dias, em 1681, ficou tomando conta do arraial de Itamarandiba; José de Seixas Borges, Manuel da Costa, Marcelino Teles; Pedro Leme do Prado, irmão de Diogo Barbosa Leme, e outros homens de séquito, além de índios goianazes e de tapanhunhos, para o descobrimento do ouro e esmeraldas – que somente cinco anos mais tarde seria realizado no sertão de Minas Gerais, e não por eles.
Seguiu como capelão o padre João Dias Leite, talvez o primeiro padre a rezar missa no sertão dos Cataguás, e o filho mameluco de Fernão, José Dias Pais.

Especulações sobre a rota

Não se sabe na verdade por onde andou a bandeira. Uma hipótese é ter descido o vale do Paraíba rumo a Taubaté, ou à atual Lorena, transpondo a serra da Mantiqueira pela garganta do Embaú, como mais tarde seria tão usual, transpondo os rios Passa-quatro, então chamado Passa-trinta, e Capivari, estabelecendo-se no sítio onde dessa povoação primitiva surgiria mais tarde a cidade de Baependi. Outra hipótese fala em um ponto mais a oeste no território das atuais Minas Gerais, depois de atingido o rio Atibaia ou o rio Jaguari[desambiguação necessária].
Certamente, depois atravessou o rio Verde e o rio Grande, estabelecendo-se em Ivituruna, que, segundo o célebre historiador mineiro Diogo de Vasconcelos, seria "o primeiro lar da pátria mineira", e ali teria passado a estação chuvosa (de outubro a março).
No ano seguinte, 1675, deve ter-se posto em marcha, transpondo a Serra da Borda, alcançando a região do campo, tendo, no rio Paraopeba, (nome que vem de piraipeba – "rio de peixe chato") fundado o arraial de Santana dos Montes[desambiguação necessária]. Teria depois passado ao vale do rio das Velhas e estabelecido o arraial de São João do Sumidouro. Chegando a esse lugar, denominado pelos naturais "Anhonhecanhuva" (água que some, sumidouro), ficou por quatro anos (talvez de 1675 a 1681), fazendo diversas entradas no sertão que têm os distintos nomes de Sobra Buçu, Subrá buçu ou Sabarabuçu – uma serra a que hoje chamam Serra Negra ou Serra das Esmeraldas, próxima do Sumidouro – vizinha ao Sumidouro e chamam simplesmente Sabará. Diogo Vasconcelos explica tal nome: os índios, acreditando que os rios grandes eram pais dos rios pequenos, chamavam o rio das Velhas, da barra para baixo, "pai" ou çuba, e da barra para cima, çubará ou "pai partido". De modo que ao menor chamavam çubará-mirim, e era o que vai da Itambira. Posteriormente, por abreviação ficou-se chamando rio das Velhas e aquele simplesmente Sabará. O nome se referia portanto ao vale de um rio, uma região, e não a uma serra, ensina o historiador mineiro.

Permanência

Borba Gato foi destacado para pesquisar ouro no Uaimi-i – ou Guaxim, Guaicuí, Rio das Velhas –, onde talvez tenha estabelecido os primórdios da cidade de Sabará. Durante sete anos, até 1681, percorreu a bacia do Jequitinhonha, pesquisando de vale em vale, provavelmente nos rios das Mortes, Paraopeba, das Velhas, Araçuaí e Jequitinhonha. Fundaram numerosos arraiais, dos quais apenas dois podem ser indicados com certeza: o atual Santana do Paraopeba e o de Sumidouro (do rio das Velhas). Mas se especula, com base em manuscrito de Pedro Dias Pais Leme, marquês de Quixeramobim, seu neto, que tal expedição tinha como outros postos ou celeiros os lugares onde nasceriam os arraiais de Vituruna ou Ibituruna ("serra negra"), Roça Grande, Tucambira ou Itacambira, Itamarandiba, Esmeraldas, Mata das Pedrarias e Serra Fria – escalas de roteiro e localidades que serviram às expedições posteriores e que se tornaram povoados.
Houve grandes dificuldades, como a luta contra os índios, o abandono de companheiros descrentes (como Matias Cardoso de Almeida) e dos dois capelães, a falta de recursos de São Paulo, a conspiração, em Sumidouro ou Anhanhonhecanha, de seu filho natural mameluco, José Dias Pais , o qual foi sentenciado pelo pai à morte por enforcamento.
Depois dos socorros enviados de São Paulo por sua mulher, pois para lá despachara dois índios goianás como postilhões, dando notícias ao príncipe-regente e ao governador, Fernão Dias partiu pela dilatada montanha. Teria prosseguido com Borba Gato, Francisco Pires Ribeiro, o cabo José de Castilhos, companheiro valoroso, seu filho Garcia. Estava reduzida agora sua bandeira. Acompanhou a cordilheira central e seguiu o rio das Velhas até encontrar a serra do Espinhaço, que foi sempre flanqueada do lado do poente; perlongando-a em toda sua extensão, chegou ao Itambé, entrando nos vales do rio Itamarandiba e do rio Araçuaí e às nascentes do rio Pardo[desambiguação necessária]. Diz Vasconcelos: "transporta aí – no Itambé – a serra para o nascente, ganhou o fio do Itamirindiba ('rio de cascalho, pedrinhas soltas'), pelo qual viajaram até foz do rio Araçuaí ("rio grande do oriente"), por cujo vale andaram até passar para a margem esquerda em lugar próprio, indicado pelo agulhão". Os roteiros do sertão eram familiares, Fernão Dias de Sul a Norte cortou diretriz tão certa que seus arraiais se colocaram mais ou menos sob o mesmo meridiano da Garganta do Embaú; encontrava-se agora com a antiga orografia dos trilhos de Marcos de Azeredo Coutinho, embora viesse de rumo invertido de Sul a Norte: do Araçuaí, apontaram para a conhecida serra dilatada de onde nasce o rio das Ourinas, hoje rio Pardo, mais tarde explorado, e devassando as cercanias em busca da Lagoa Vapabuçu, encontraram "horda de selvagens", prenderam um que se ofereceu por guia – a lagoa ficava além da Itacambira ("pedra pontuda") e o índio conhecia os socavões das esmeraldas. Chegaram à lagoa afinal, apesar da influência deletéria do clima, colheram pedras. Na volta fundaram ali o arraial de Itacambira para servir de celeiro e guarnição do distrito das esmeraldas; era zona de índios tapajós. Voltando, nos chãos do Guaicuí o assaltaram as carneiradas, nome que se dava às febres palustres no sertão, e agravando-se seus padecimentos morreu à vista do Sumidouro, em maio de 1681.
Especula-se hoje que deve ter ido pelo vale do rio (e serra?) de Itacambira («Tucambira», papo de Tucano); seguindo sua confluência até o rio Jequitinhonha; atravessando, foram ter ao rio Araçuai, cujo curso subiram até seu afluente da margem direita, o rio Itamarindiba, muito fértil de peixe. E o que seria na verdade a famosa lagoa de Vapabuçu, objetivo de tantas fadigas? Talvez a hoje Lagoa da Água Preta? Buscava Vupabuçu ou Lago Grande, o socavão das esmeraldas que ali dizia ter descoberto Marcos Azeredo. Em fevereiro de 1681, ali teria achado pedras verdes. De qualquer jeito, seria na região banhada pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí, riachos hoje chamados Gravata, Setúbal, Lufa, Calhau, Piauí e Urubu, que descem das montanhas que separam as bacias do rio Doce e do rio Jequitinhonha, a mais rica no Brasil, até hoje, em pedras coloridas.
Diz Diogo: "Chegou finalmente, indo para o Norte, às águas do Vupabuçu de onde expediu cem bastardos à volta, nos pântanos pestilentos. E achou. Febres pestíferas, o hálito celebrado".
Serra Fria deve ter sido um posto no itinerário do retorno, procurando atalho de volta para o Sumidouro: era a Ivituruí dos índios. Um obscuro participante, Duarte Lopes, achou ouro num ribeirão afluente do rio Guarapiranga, pertinho da atual Mariana, e, por isso, em 1694, a bandeira vicentina de Manuel de Camargo, do seu cunhado Bartolomeu Bueno de Siqueira, do genro Miguel de Almeida e do sobrinho João Lopes de Camargo, teriam para lá se dirigido e descoberto ouro na serra de Itaverava, atual Ouro Preto.

Morte

Morte de Fernão Dias Paes Leme (Antônio Parreiras, Pinacoteca Municipal de São Paulo).
A verdade é que, depois de percorrer durante quatro anos as terras que pertenceriam ao Espírito Santo (e hoje formam o estado de Minas Gerais), tendo fundado diversos arraiais, encontrou um lote de pedras verdes. As pedras não eram esmeraldas, mas turmalinas, mas Fernão Dias morreu de febre no meio da mata, sem tomar conhecimento desse fato. Era outono em 1681.
Partira de São Paulo a tropa de D. Rodrigo de Castelo Branco, com Matias Cardoso de Almeida. No mês de março de 1681, escrevia Fernão Dias carta datada de 27: "Deixo abertas cavas de esmeraldas no mesmo morro donde as levou Marcos de Azeredo, já defunto, coisa que há de estimar-se em Portugal." A tradição quer que tais esmeraldas tenham sido colhidas na região dos rios Jequitinhonha e Araçuaí.
Fernão Dias Pais Leme morreu junto ao rio Guaicuí (Guaiachi ou Rio das Velhas). Segundo a lenda o seu corpo esta enterrado ao lado da Igreja de Pedra que ele mandou construiu no seculo XVII, por razões desconhecidas a igreja que fica no distrito de Barra do Guaicuí município de Várzea da Palma, Minas Gerais nunca foi concluída. Muitos outros morreriam da mesma febre no Vapauçu e Itamarandiba. Comentam autores que certamente chegou às alturas do Serro do Frio e proibiu a penetração de qualquer bandeira ao norte de Sabarabuçu. Muito se escreveu sobre sua morte: especula-se que deve ter morrido à vista do Sumidouro. Por última vontade, encarregou o filho Garcia de voltar a São Paulo para entregar as esmeraldas à câmara e se colocar como primogênito à testa da família. Ao genro Borba Gato, deve ter na mesma ocasião mandado sair do Sumidouro em continuação dos descobrimentos do Sabaraboçu, para cuja diligência Garcia lhe entregaria, como se cumpriu, os instrumentos, armas e munições da bandeira. O historiador Diogo de Vasconcelos acha, por sua vez, que Borba Gato estivera nesse tempo no Sabaraboçu e não no Sumidouro, enquanto Fernão Dias seguira para o sertão das esmeraldas – o que outros autores consideram contraditório, pois não teria armas e munições como lhe foram entregues, e o ouro do Sabaraboçu, à flor da margem do rio, certamente já estaria por este descoberto.
Dispersou-se a bandeira, Garcia Rodrigues Pais voltou a São Paulo, encontrando no caminho a gente de D. Rodrigo de Castelo Branco. Depois dos incidentes conhecidos, Borba Gato partiu para Sabarabuçu. Dos sertanistas que o acompanharam, Matias Cardoso estabeleceu depois a estrada entre as Minas e os currais de gado do São Francisco; Borba Gato devassou o Rio das Velhas; e Garcia Rodrigues Pais abriu a estrada de Minas para o Rio de janeiro que ficou conhecida como Caminho Novo.
Desde 1660, havia ajudado na reconstrução do mosteiro de São Bento, onde obteve jazigo para si e seus descendentes. Seus ossos foram assim sepultados no Mosteiro de São Bento em São Paulo, do qual havia sido financiador. Na pequena cidade de Ibituruna, no Sul de Minas, existe até hoje um marco de pedra que se atribuiu ao Bandeirante, que deixou sua herança em inúmeras outras localidades mineiras, como Pouso Alegre, onde existe uma estátua de pedra ao lado da Rodovia que leva o seu nome.
As câmaras de Parnaíba, São Vicente, Santos, São Paulo e Taubaté passaram atestado de seus serviços, a primeira em 20 de dezembro de 1681.
Enquanto isso, o príncipe-regente, futuro D. Pedro II de Portugal, em 4 de dezembro de 1677 lhe havia enviado carta, meio perplexo, em que lhe diz: "Pelas cartas que me escrevestes, fiquei entendendo o zelo que tendes do meu serviço; e como tratáveis do descobrimento da serra do Sabaraboçu e outras minas nesse sertão, que enviastes amostras de cristal e outras pedras; e porque fio do vosso zelo, que ora novamente continues esse serviço com assistência do administrador geral D. Rodrigo de Castelo Branco e do tesoureiro geral Jorge Soares de Macedo, a quem ordeno, que desvanecido o negócio a que os mando das minas de prata e ouro de Parnaguá, passem a Sabaraboçu por ultima diligência das minas dessa repartição, em que há tanto tempo se continua sem efeito, espero que com a vossa indústria e advertência que que fizerdes ao mesmo administrador, tenha o bom sucesso que se procura; e a vós a mercê que podeis esperar de mim, quando do se consiga." Assim, o príncipe temia não o encontrar no sertão e enviara a D. Rodrigo, mas esse deveria ouvi-lo e seguir suas direções.

Genealogia

Desbravador dos sertões do Brasil, vinha de família de antigos paulistas, sendo filho de Pedro Dias Pais Leme, por sua vez de Fernão Dias Pais Leme e de Lucrécia Leme, com Maria Leite da Silva, filha de Pascoal Leite Furtado, dos Açores, de nobre família, e D. Isabel do Prado[4]. Seu irmão Pascoal Leite Pais foi também bandeirante, além de bisavô materno do primeiro santo brasileiro, Frei Galvão[4]. Residia em sua fazenda do Capão, no atual Pinheiros. Em 1626, assumiu o cargo de Fiscal de Rendas da câmara municipal.
O espírito guerreiro do "Caçador de Esmeraldas" se fez presente no século XX: Honório Lemes, que se dizia descendente do bandeirante, conhecido no Rio Grande do Sul como "O Leão de Caverá" ou "O Tropeiro da Liberdade", lutou na Revolução Legalista de 1923 com muita bravura, vindo a falecer em 1930 com sessenta e cinco anos de idade, pouco antes do começo da Revolução de 1930.

O sobrenome Leme

Fernão Dias Pais Leme descende efetivamente dos Lemes, apesar de não usualmente assinar o nome. Seriam descendentes de um Martim Leme, flamengo dos Países Baixos que, cansado das lutas contra a Espanha, se mudou para Lisboa, constituindo família em Portugal[4]. Um ou mais filhos de Martim, já nascido em Portugal, migraram para a Ilha da Madeira e de lá para o Brasil, para a Capitania de São Vicente[4]. Com a fundação da Vila de São Paulo de Piratininga, subiram a Serra do Mar e se transformaram numa das mais importantes famílias paulistanas. Desse tronco que descende Fernão Dias e outros Lemes, principalmente no interior de São Paulo, Paraná e no sul de Minas Gerais[4].

Casamento e posteridade

Casou-se com Maria Garcia Rodrigues Betting (ou Betim), filha de Garcia Rodrigues Velho Filho e de Maria Betting (Betim ou Betinck)[4].
  1. Garcia Rodrigues Pais , que abriu o chamado Caminho Novo, entre a baía de Guanabara ou seja, o Rio de Janeiro, e as Minas Gerais. Até então o caminho se fazia por mar, até Parati, galgava a serra do Mar e subia pelo interior de São Paulo, transpondo a serra da Mantiqueira – o chamado Caminho Velho.
  2. Pedro Dias Leite, que se casou com Maria de Lima e Morais;
  3. Custódia Pais , que se com Gaspar Gonçalves Moreira;
  4. Isabel Pais, que se com Jorge Moreira;
  5. Mariana Pais, que se casou com Francisco Pais de Oliveira Horta, sendo o tronco de numerosas famílias mineiras (ver Horta);
  6. Catarina Pais, que se casou com Luís Soares Ferreira, filho de Gaspar Soares Ferreira e de Ana Maria da Cunha. Sertanista, casara antes com Catarina de Siqueira de Mendonça e, em 10 de abril de 1690, teve patente de capitão dada na Bahia pelo governador-geral para servir no terço do mestre de campo Matias Cardoso de Almeida; morreu em São Paulo, em 1716, e sua descendência é descrita por Silva Leme no volume VII, página 502, de Genealogia Paulistana.
  7. Maria Leite, que se casou com Manuel de Borba Gato;
  8. Ana Maria Leite, que se casou com João Henrique de Siqueira Baruel.
Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, mais conhecido como Frei Galvão, é trineto de um irmão de Fernão Dias Pais Leme, Pascoal Leite Pais. Outro descendente, o trineto Pedro Dias Pais Leme da Câmara, foi barão de São João Marcos. Pedro Dias Pais Leme, seu neto, foi marquês de Quixeramobim.

Referências

  1. Pela grafia arcaica, Fernam Diaz Paes. Sobre o uso do sobrenome "Leme", ver seção acima.
  2. A Capitania de Minas Gerais foi criada apenas em 1720. Seu território pertencia anteriormente à Capitania do Espírito Santo, que foi desmembrada apenas em 1709, quando da criação da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.
  3. São Paulo recebe o título de cidade apenas em 1711
  4. a b c d e f SILVA LEME, Luís Gonzaga da. Genealogia Paulistana, volume II, página 450.

Cultura popular

No filme O Caçador de Esmeraldas (1978, direção de Osvaldo de Oliveira), Fernão Dias Pais foi interpretado por Jofre Soares.

Ver também

Excelente matéria sobre gemas


 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYP4AH/gemas

1 - INTRODUÇÃO
As gemas vêm do interesse dos homens há 10000 anos. Ametista, Cristal de rocha, Âmbar, Granada, Jade, Jaspe, Coral, Lápili-lazúli, Pérola, Serpentina, Esmeralda e Turquesa foram as primeras a serem conhecidas.
Não existe uma definição aceita por todos para esse termo, porém há um denominador comum, todas as gemas têm algo especial, alguma beleza em torno delas. Elas são principalmente minerais (Safira), minerais agregados (Jaspe), orgâincas (Pérola), sintéticas (Esmesralda Sintéticas) ou mais raramente rochas (Lápili-Lazúli). As Gemas podem ser, por algum processo de aprimoramento de sua cor ou aparência, tratadas.
Algumas gemas são raras e belas devido a cor, a um fenômeno óptico exclusivo, ou brilho diferenciado. Outras são especiais devido a sua dureza ou inclusões excluvisas.
A raridade é outro fator importante na avaliação de uma gema. Como algumas das características que valorizam as gemas só se apresentam depois da pedra estar lapidada, o termo gema geralmente refere-se a uma pedra lapidada. A lapidação é a valorização de um material que de outra forma poderia passar apenas como um material bruto insignificante.
Existem centenas de tipos diferentes de gemas e materiais gemológicos. Como sabemos a atribuição de valor para gemas é um processo bastante subjetivo. Raridade, cor, tamanho, grau de pureza, transparência, formas e perfeição de lapidação são alguns fatores que têm grande influência na avaliação.Além disso, a diversidade de procedência das gemas, a situação político-econômica do país produtor e a distância do local de produção aos centros de consumo levam os mercados envolvidos a estabelecer valores de formas variadas.
Devemos considerar que outro fator de influência na avaliação de gemas é a complexidade dos vários níveis de mercados existentes e como são interpretadas as cotações em cada um desses níveis.
Comercialmente, as gemas são divididas em pedras coloridas e diamantes (mesmo os que não são incolores) além de ambas terem seu peso medido em quilate (1ct=0,2g).
2 – ESMERALDA
O nome vem do grego smaragdos. Ele significa “pedra verde”(Foto 3). É a mais nobre variedade de berilo.
Seu verde é tão incomparável que esta cor tão peculiar passou a ser chamada de verde-esmeralda. A substancia corante para a esmeralda é o cromo. A cor é muito resistente à luz e ao calor, não se modificando até uma temperatura de 700 ou 800°C.
As esmeraldas são formadas pro processo hidrotermal associado ao magma e metamorfismo. Jazidas são encontradas em filões de pegmatito ou em seus arredores.
2.1 - Jazidas mais importantes:
Mnia de Muzo (Colômbia) (foto 4), Mina de Chivor (Colômbia), jazidas na Bahia, Minas Gerais, Goiás; Zimbabue, África do Sul e Russia.

Foto 1: Mina de Muzo. Colômbia. Foto 2: Esmeraldas colombianas. Colômbia.
Unicamente na Colômbia são encontradas as raríssimas esmeraldas “Trapiche”(foto 5) caracterizado por um crescimento parecido com uma roda, de vários cristais prismáticos.
As jazidas de Minas Gerais se extendem desde o norte de Rio Casca até o sul de Guanhães. Nessa área deve-se destacar as minas Belmont (a maior do Brasil), Piteiras e o garimpo de capoeirana (cooperativa).

Foto 3: Esmeralda “Trapiche”. Mina Chivor (Colômbia).
Para Schrorcher et al. (1982), a geologia básica dos terrenos encontrados na região Itabira/Nova Era é caracterizada por um embsamento cratônico arqueano composto basicamente por terrenos gnáissicos migmatíticos, comcaracterísticas poligenéticas e polimetamórficas, incluindo rochas graniticas do tipo Granito Borrachudos; por um cinturão de rochas verdes arqueanas pertencentes ao Supergrupo Rio das Velhas; por metassedimentos do paleoproterozóico do supergrupo Minas; e pelos metassedimentos do mesoproterozóico, constituído essencialmente por quartzitos do Supergrupo Espinhaço.
Em termos estratigráficos, o Garimpo de Capoeirana e as Minas Belmont e Piteiras estão localizados em uma área onde afloram metarcóseos a metagrauvacas com intercalações concordantes de mica xistos e quartzitos micáceos. Secundariamente, há rochas anfibolíticas, intercalacões de xistos metaultramáficas e aparecimento descontínuo de veios pegmatíticos. Nesse contexto, as metaultramáficas e os veios pegmatíticos são as rochas mais importantes para mineralização da esmeralda.
Em relação a genese da esmeralda, todas as jazidas e/ou ocorrências de minas Gerais estão associados aos xistos derivados de rochas metaultramáficas, em locais de intensa percolação de fluidos hidrotermais relacionados aos pegmatitos, devido as condições tectônicas propícias. Esses xistos, representados essencialmente por biotita/flogopita xisto, clorita xisto, tremolita/actinolita xisto.
As áreas mineralizadas ocorrem nas proximidades do contato entre xistos metaultramáficos e as rochas granitos gnáissicas, do tipo Granito Borrachudos, estéreis em esmeralda.
A formação das esmeraldas mineiras (foto 6) está intimamente associada à interação química ocorrida entre a fase pegmatítica berilífera e as rochas metaultramáficas portadoras dos elementos (Cr, V, Fe).

Foto 4: Esmeralda Mineira, Coloração devida ao íons de Cr, V, Fe. Itabira, MG.
3.2 - Aspectos mineralógicos:
De cor verde claro a muito escuro ao verde azulado muito forte, tranparente a translúcido, brilho vítreo, dureza de Mohs 7,5 a 8, acatassolamento ou “olho-de-gato e asterismo (raro). Índice de refração de 1,577 a 1,583(± 0,017), pleocroísmo de moderado a forte, fratura conchoidal de brilho vítero a resinoso, clivagem basal, inclusões bifásicas e trifásicas, cristais negativos, “plumas” líquidas e inclusões minerais (micas da série biotita-flogopita, hornblenda, actinolita, tremolita, pirita, calcita, cromita, dolomita, pirrotita); o aspecto geral das inclusões nas esmeraldas é conhecido como “jardim” que são utilizadas como um “selo de autenticidade” das esmeraldas naturais diferindo-as das sintéticas.
A explotação da esmeralda no garimpo de Capoeirana é feita por meio de poços, túneis e galerias, com técnicas de mineração rudimentar e sem preocupação com o aproveitamento total das esmeraldas gemológicas e meio ambiente(foto 7).

Foto 5: Garimpo Capoeira. Nova Era, MG.
Na Mina Belmont a elplotação é realizada a céu aberto e subterrânea (foto 8), contando com sistema mecanizado desde a extração até o beneficiamento final. Na lavra a céu aberto, o xisto altamente decomposto favorece, sobremaneira a retirada mecânica do material esmeraldífero. Todo material explotado, tanto na mina a céu aberto quanto no subterrâneo, é transportado por meio de caminhões para usina de beneficiamento, onde o material é deslamado (separação de finos, <2mm), depois separação granulométrica, separação ótica, onde todo material verde é separado por uma máquina e por fim catação manual das esmeraldas (foto 9).

Foto 6: Mina Subterrânea, Mina Belmont. Itabira, MG. Foto 7: Catação Manual, Mina Belmont. Itabira, MG.
Além da Belmont Mineração podemos cita ainda empresas como: Rocha mineração, Beibra, Garipo de capoerana, Garimpo na Bahia na cidade de Anagé, Itaobi Campos verde ( GO ), Mineração Alexandrita
Existem muitas esmeraldas de grande valor e fama. A maios famosa das jóias de esmeralda é um pequeno frasco de unção de 12cm de altura e 2205 quilates talhado de um único cristal de esmeralda.
PREÇOS DE ESMERALDAS LAPIDADAS
Cotações por quilate em dólares americanos
FRACA (TERCEIRA)
1 - 2
2 - 3
3 - 4
de 0,50 a 1 ct
2 - 10
10 - 35
35 - 60
de 1 a 3 ct
2 - 15
15 - 50
50 - 80
de 3 a 5 ct
2 - 20
20 - 60
60 - 80
de 5 a 8 ct
2 - 30
30 - 60
60 - 100
acima de 8 ct
2 - 50
50 - 60
60 - 100
MÉDIA (SEGUNDA) BOA (PRIMEIRA)
4 - 5
5 - 6
6 - 7
7 - 8
de 0,50 a 1 ct
60 - 90
90 - 170
170 - 250
250 - 360
de 1 a 3 ct
80 - 230
230 - 390
230 - 520
520 - 820
de 3 a 5 ct
80 - 300
300 - 510
510 - 620
620 - 1200
de 5 a 8 ct
100 - 430
430 - 580
580 - 750
750 - 1600
acima de 8 ct
100 - 440
440 - 700
700 - 850
850 - 1900
EXCELENTE (EXTRA)
8 - 9
9 - 10
de 0,50 a 1 ct
360 - 660
660 - 2000
de 1 a 3 ct
820 - 1100
1100 - 3500
de 3 a 5 ct
1200 - 1700
1700 - 5500
de 5 a 8 ct
1600 - 3000
3000 - 5600
acima de 8 ct
1900 - 4000
4000 - 9000
Atualizado em outubro de 2005
3 – ALEXANDRITA
A gema alexandrita (Foto 11e 12), descoberta nos Montes Urais (Rússia), foi batizada em homenagem ao Czar Alexandre II que no dia da descoberta completava 12 anos de idade.

Foto 8: Alexandrita lapidada. Antônio Dias, MG Foto 9: Cristal de alexandrita. Antônio Dias, MG
No Brasil esta gema foi descoberta na década de 70 em pequenos garimpos no Espírito Santo e Bahia. Pórem a produção se revelou pequena e de baixa qualidade.
Em Minas Gerais, a primeira descoberta aconteceu em 1975, no Córrego do Fogo, município de Malacacheta e em 1986 foi descoberta a que seria a maior jazida já registrada na história, no distrito de Hematita, no município de Antônio Dias. Atualmente essa área é explotada por duas empresas: Alexandrita Mineração Comércio e Exportação Ltda, detentora da maior jazida de alexandrita do mundo, com uma reserva de aproximadamente 60kg e a Mineração Itaitinga.
Além dessas duas jazidas, existem outras ocorrências de alexandrita, pórem sem importância econônica associadas às jazidas de esmeralda, como em Belmont, Capoeirana e Esmeralda de Ferros.
3.1 - Principais Jazidas:
Brasil, Sri Lanka, Zimbáue, Birmânia, Madagascar, Tanzânia e Russia (esgotadas).
Para que ocorra a cristalização da alexandrita, além do excesso de alumínio e deficiência em sílica é necessária a presença de uma fonte de cromo. Na grande maioria das ocorrências de alexandrita no mundo, são descritos processos geológicos envolvendo rochas ácidas e ultramáficas em ambientes ricos em alumínio (Munasinghe & Dissanayake 1981, Ustinov & Chizhik 1994).
Na jazida de Hematita, observam-se inúmeros pequenos corpos pegmatóides cortando as rochas ultramáficas da região, e, nos concentrados aluvionares, constata-se a presença de cianita, granada, berilo (esmeralda e água-marinha), crisoberilo, estaurolita, muscovita, plagioclásio, e quartzo. Desse modo, a jazida de Hematita enquadra-se no modelo de Beus (1966) de pegmatitos ricos em Al2O3.
Relacionando os aspectos geológicos observados na região de Malacacheta, com a presença de corpos graníticos e intercalações de rocha metaultramáfica com xisto peraluminoso, Basílio (1999) propôs uma gênese baseada num sistema metassomático envolvendo fluidos hidrotermais de alta temperatura, ricos em berilo e oriundos do corpo granítico. A interação desses fluidos com os xistos aluminosos e suas intercalações metaultramáficas, fonte de cromo, propiciaram a formação da alexandrita.
Em relação às ocorrências de alexandrita associadas às jazidas de esmeralda, pouco se sabe.
A cor, a mudança de cor (efeito alexandrita) e o forte pleocroísmo são fatores determinantes na qualidade da alexandrita.
3.2 - Aspéctos Mineralógicos:
Sob a luz natural, a alexandrita apresenta-se verde ou mais raramente azul (foto 13) e quando iluminada por luz incandescente, mostra-se em tons de vermelho e violeta.
Seu intenso tricroísmo é caracterizado, variando nas cores verde, amarelo, vermelho e, mais raramente, azul. Assim como no rubi e na esmeralda, sua cor é resultante da presença de íons substituindo parte parte do alumínio nas posições octaédricas da estrutura cristalina.
Dureza 8,5; clivagem boa; fratura conchoidal;brilho vítreo ao subadamantino;mudança de cor; pleocroísmo

Foto 10: Alexandrita azul. Antônio Dias, MG
Quanto a explotação o método usado é igual ao método da esmeralda
PREÇOS DE ALEXANDRITAS LAPIDADAS
Cotações por quilate em dólares americanos
Fraca (Terceira)
Média (Segunda)
Boa (Primeira)
Excelente (Extra)
até 0,50 ct
15 – 150
150 - 500
500 - 1500
1500 - 2000
de 0,50 a 1 ct
40 – 250
250 - 1000
1000 - 3000
3000 - 4500
de 1 a 2 ct
70 – 500
500 - 2800
2800 - 5500
5500 - 7000
de 2 a 3 ct
90 – 800
800 - 3800
3800 - 6500
6500 - 9000
Atualizado em outubro de 2005

Lindo Blog sobre lindas pedras :

http://berylo.net/#!gemas-de-cor/

 

Gemas de Cor



compõem as jóias criadas pela berylo.
A Água-marinha foi descoberta em Madagascar num passado remoto. Hoje, o maior produtor de Águas-marinhas no mundo é o Brasil, com jazidas em Minas Gerais, Paraíba, Espirito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia. De tamanhos variados em sua forma natural, a maior de todas as Águas-marinhas pesava 109 quilos quando foi descoberta em 1920, no Brasil. Águas-marinhas são cortadas sobretudo em lapidação “esmeralda”, ou retangular para melhor deixar transparecer o brilho de sua cor. No entanto, há muitas pedras de grande valor e imensa beleza lapidadas em “pêra” ou em ovais de diversos tipos. As Águas-marinhas mais lindas e valiosas são as de intenso azul celeste totalmente translúcidas, com pouca ou nenhuma sombra de verde.

Utilizada desde tempos imemoriais por reis e bispos, a Ametista transmite a quem a traz consigo poderes psíquicos e contemplativos. O alto clero hebreu usava ametistas em seus paramentos e, mais recentemente, podem-se ver essas preciosas pedras púrpuras entre as jóias da coroa da Inglaterra e na Fleur de Lys da realeza da França.
A ametista é um quartzo com ferro. Os melhores espécimes são encontrados no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul e no Pará. O Uruguai, o Japão e a Rússia também são grandes produtores. Ao ser aquecida, esta pedra pode mudar de cor e adquirir tonalidades do amarelo e do marrom, sendo que uma variedade – encontrada unicamente no Brasil – torna-se verde sob a ação do calor.
A ametista pode ser lapidada em diversas formas. As prediletas são o cabochão – lapidação semi-esférica, de acabamento não facetado, que pode ser utilizada em anéis e abotoaduras – e as gotas que, em brincos e pingentes, dão especial realce ao brilho desta gema. A ametista é também muito utilizada como peça ornamental na sua forma de geodo ou capela.

O quartzo chamado Citrino varia do amarelo pálido ao dourado profundo e deve sua cor a traços de ferro em sua composição química.
Uma das mais importantes fontes brasileiras dessa gema preciosa e acessível é a Mina da Serra, localizada no Rio Grande do Sul, que hoje produz cerca de trezentos quilos de Citrino por mês. Outros estados produtores são Goiás, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo.
É umas das Gemas mais antigas utilizadas na ourivesaria mundial,
Sendo encontrada em jóias que remontam as civilizações antigas como os impérios grego e romano.

Uma das mais valiosas e desejadas pedras preciosas de toda a história. No antigo Egito, Cleópatra (cujas minas ficaram famosas) adornava-se com belas esmeraldas, pois então se acreditava que nelas residiam a beleza eterna e a clareza de raciocínio. Incas e Astecas empregavam as esmeraldas em rituais e jóias talismânicas por acreditarem que eram pedras sagradas. Os Gregos chamavam-na de Deusa Verde e entre os antigos Romanos era cultuada como a pedra do amor. Em quase todas as coroas reais a esmeralda está presente, pois acredita-se que ela aumente a capacidade de raciocínio e a intuição.
No Brasil as primeiras jazidas de esmeraldas de boa qualidade somente foram encontradas em 1963, em uma localidade chamada Salininha, na Bahia.
Nomes utilizados pelo mercado
  • esmeralda colombiana – denominação do mercado para esmeraldas de alta qualidade
  • esmeralda russa ou siberiana – denominação da menos azulada com mais inclusões e cor mais clara que as gemas colombianas
  • esmeralda brasileira – termo usado algumas vezes para as gemas verde claro
  • esmeralda sandawana – termo usado para gemas de verde profundo, normalmente de tamanho pequeno e com muitas inclusões
  • esmeralda da Zâmbia – termo usado para as gemas ligeiramente acinzentadas


A Turmalina é certamente uma das gemas mais fascinantes na natureza, pois pode ser encontrada em virtualmente todas as cores do arco-íris Muito comum também é existir mais de uma cor num mesmo cristal, originando o que chamamos de Turmalina bicolor, tricolor ou até mesmo multicolorida.
A Verdelita, de cor verde como o nome indica, é a variedade que é lembrada quando se menciona a pedra preciosa Turmalina. Existem, porém, muitas outras “turmalinas”. Uma das variedades mais valiosas é a Rubelita, nome comercial daquela que varia do rosa ao vermelho, confundia até o século XVIII com o Rubi.
A Turmalina-melancia é outra variedade famosa, especialidade do Brasil, que, como o nome diz, tem o núcleo rosa ou vermelho, rodeado da cor verde se cortada perpendicularmente ao eixo do cristal.
Hoje em dia, a maior fonte de Turmalina, suprindo o mercado mundial com seus belíssimos espécimens, é o Brasil, principalmente os estados de Minas Gerais e Bahia. Outros países produtores são o Sri Lanka, o Afeganistão, os Estados Unidos e Burma.
Além das variedades Rubelita e Melancia já mencionadas, temos também a Indicolita, ou Indigolita, variando do verde-azulado ao azul. A siberita, de cor violeta, e a Acroíta, incolor. Schorl é o nome dado à Turmalina negra e Dravita às de cor variando do amarelo ao marrom.
A mais cara das variedades de Turmalina, chama-se Paraíba em homenagem ao estado onde foi descoberta, em 1989. Sua beleza deixa comerciantes e clientes de pedras preciosas sem adjetivos para descrevê-la. Néon, fluorescente, elétrico são palavras comumente associadas ao azul e ao verde dessa novíssima gema.

Gemas : ametista , esmeralda, turmalina.


 
http://www.pormin.gov.br/informacoes/arquivo/gemas_ametista_esmeralda_turmalina_propriedades_aplicabilidade_ocorrencias.pdf
 
 
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
Gemas - Ametista, Esmeralda e Turmalina
Descrição:
Este documento contém informações sobre as prin
cipais características físicas e químicas desse
grupo de minerais, suas aplicabilidades e formas de ocorrência.
Palavras-chave:
composição química, propriedades óticas, co
r, dureza, clivagem, densidade, cor, brilho,
diversidades mineralógica
s, usos, ocorrências.
1. Características físicas e químicas das gemas
2. Aplicabilidade das gemas
3. Ocorrências das gemas
1. Características físicas e químicas das gemas
AMETISTA
1.
FAMÍLIA /GRUPO:
Família dos Tectossilicatos; Grupo do Quartzo.
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
SiO
2
. Óxido de silício.
3.
COMPOSIÇÃO:
Si = 46,7%, O = 53, 3%. Apresenta compostos de ferro e manganês, que lhe rendem
sua cor característica.
4.
CRISTALOGRAFIA:
sistema Hexagonal-trigonal
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Isotrópico uniaxial positivo (biaxial
quando deformado, 2V de 5º ou mais).
Quase sempre contém inclusões, tais como: turmalina, clorita, mica, magnetita, zircão. Pode conter
vacúolos.
6.
HÁBITO:
Prismático, granular, maciço.
7.
CLIVAGEM:
Imperfeita {1011} ou {0111}.
8.
DUREZA:
7
9.
DENSIDADE:
2,65
10.
FRATURA:
Conchoidal, quebradiça.
11.
BRILHO:
Predomina o brilho vítreo.
12.
COR:
Geralmente violeta,
roxa ou púrpura.
13.
TRAÇO:
Incolor.
14.
VARIAÇÕES:
Existe uma variedade bicolor,
denominada quartzo ametista,
trata-se de uma forma mais
compacta de ametista que, freqüentemente possui bandas de quartzo leitoso. Além de, uma variedade
tricolor com uma extremidade de cor roxa, a outra
extremidade amarela, sendo cortada por uma faixa
incolor. Outras espécies são: Ametista Jacobina, va
riedade de ametista escura com tonalidades vivas;
Ametista Madagascar, variedade de ametista violeta-escura, levemente enfumaçada ou violeta-púrpura
quando mais clara; Ametista –m
osquito, variedade com pequenas inclusões de goethita; Ametista-
espanhola, nome dado a ametistas finas comercia
lizadas na Espanha de origem desconhecida e cor
púrpura. Também existe a ametista Uruguai, ametista-uraliana, ametista-siberiana, etc.
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Caracterizado por sua cor violeta, seu brilho vítreo, fratura
conchoidal, e forma cristalina.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Devido a mostrar em muitas vezes alternância de faixas claras e escuras, a
ametista costuma ser lapidada com
a mesa inclinada em relação ao
plano das faixas. Também costuma
ser lapidada em cabochão, pêra ou brilhante. É cons
iderada símbolo da sinceridade e lucidez, antigamente
acreditava-se que a ametista combatia a embriagu
ez, o sono e até mesmo gafanhotos. A Rússia tem
produzido ametista sintética de ótima qualidade. Qu
ando aquecida à ametista
pode se transformar em
citrino. A ametista pode atingir
grandes dimensões, sendo conhecido um cristal com cerca de 250Kg no
Museu Britânico.
Referências:
BRANCO, P. M. (1984). Glossário Gemológico, Ed. da UFRS, Porto Alegre, RS. pp. 19-20.
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia 1ª edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro, RJ, p. 529.
DIANA, F. R. (2004). Pedras Brasileiras. Ed. Reler, Rio de Janeiro, RJ, p. 52.
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
SCHUMANN, W. (2002). Gemas do Mundo, Ed. Ao Livro Técnico In
dústria e Comércio Ltda., traduzido por Mário Del Rio, 9ª
Edição, p. 118.
ESMERALDA
1.
FAMÍLIA/GRUPO:
Família de Ciclossilicatos; Grupo do Berilo
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
Be
3
Al
2
(Si
6
O
18
)
3.
COMPOSIÇÃO:
Silicato de berilo e alumínio. BeO 14,0%, Al
2
O
3
19,0% , SiO
2
67,0%. Freqüentemente
estão presentes pequenas quantidade
s de álcalis, constituindo, muitas vezes, parcialmente, em césio.
4.
CRISTALOGRAFIA:
Hexagonal, classe bi
piramidal-dihexagonal
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Uniaxial
6.
HÁBITO:
Prismático, freqüentemente estriado e entalhado.
7.
CLIVAGEM:
Indistinta, imperfeita basal.
8.
DUREZA:
7,5 a 8
9.
DENSIDADE:
2,75 - 2,80
10.
FRATURA:
concóide, estilhaçada e irregular
11.
BRILHO:
vítreo
12.
COR:
verde-esmeralda, ve
rde-claro, verde-escuro, ve
rde-amarelo, azul,
amarelo do ouro, róseo, branco e
incolor.
13.
TRAÇO:
branco
14.
VARIAÇÕES:
Esmeralda (verde-escuro); berilo (verde-c
laro); água marinha (azul-pálido); morganita
(róseo); berilo-dourado (amarelo-ouro).
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Reconhecido, usualmente por sua
forma cristalina hexagonal e pela
cor. Distingue-se da apatita pela sua dureza. Risca o quartzo. Possui diversas fraturas, inclusões, fato que
lhe deixa susceptível a impactos, com características quebradiças.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Devido à presença de várias fraturas
inclusões e outros planos de fraqueza
na esmeralda, foi desenvolvida uma
forma de lapidação em degraus, na
qual os quatro ângulos agudos
são cortados e facetados, de forma que a gema fiqu
e menos vulnerável aos possíveis impactos. Lapida-se
a água-marinha em tesoura e em degraus. A água-mar
inha pode apresentar canais finos, onde a luz é
refletida na cor branca. Se estes canais forem abundantes pode-se conseguir o efeito olho-de-gato ou
asterismo com estrelas de seis po
ntas. Podem-se confundir a água-m
arinha com o eucl
ásio, cianita,
topázio, turmalina, zircão e imit
ações do vidro. A esmeralda pode
ser confundida com a aventurina,
demantóide, diopsídio, diop
tásio, grossulária, hiddeni
ta, peridoto, uvarovita, verdelita. A cor verde da
esmeralda está associada co
m a presença do cromo, o verde do ber
ilo está associado ao vanádio. A cor
azul da água-marinha está associada com
o ferro. O nome esmeralda vem do grego “
smaragdos
” significa
pedra verde.
Referências:
BRANCO, P. M. (1984). Glossário Gemológico, Ed. da UFRS, Porto Alegre, RS. p. 29.
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia, 1ª edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro, RJ, p. 376.
DIANA, F. R. (2004). Pedras Brasileiras. Ed. Reler, Rio de Janeiro, RJ, p. 46, 64, 88.
SCHUMANN, W. (2002) Gemas do Mundo, Ed. Ao Livro Técnico In
dústria e Comércio Ltda., traduzido por Mário Del Rio, 9ª
Edição, p. 90-96.
TURMALINA
1.
FAMÍLIA /GRUPO:
Família dos Ciclossilicatos; Grupo da Turmalina
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
XY
3
Al
6
(BO
3
)
3
(Si
6
O
18
)(OH)
4
, na qual X = Na, Ca e Y = Al, Fe
3
, Li e Mg.
3.
COMPOSIÇÃO:
Trata-se de um borossilicato complexo
de alumínio com composição variada.
4.
CRISTALOGRAFIA:
Sistema hexagonal-trigonal
- Classe: dipiramidal.
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Uniaxial.
6.
HÁBITO:
Prismático, algumas compactas, maciças; também
em colunas grossas e finas, tanto radiadas
como paralelas.
7.
CLIVAGEM:
Indistinta.
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
8.
DUREZA:
7 a 7,5.
9.
DENSIDADE:
3,0 a 3,25.
10.
FRATURA:
Desigual, concóide, quebradiça.
11.
BRILHO:
vítreo a resinoso.
12.
COR:
Incolor, rósea, vermelha, amarela, parda,
verde, azul, roxa, preta e multicolorida.
13.
TRAÇO:
Branco.
14.
VARIAÇÕES:
Acroíta (incolor ou quase incolor, muito
rara); Dravita (amarelo-castanho e castanho-
escuro); Indigolita (azul em todos
os graus); Rubelita (rósea ou verm
elha, ocasionalmente com tonalidade
violeta. A mais valiosa tem a cor do rubi); Schorlita
(negra muito comum. Usadas
em joalheria); Siberita
(vermelho-lilás até azul-violeta); Verdel
ita (todos os matizes do verde); etc.
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Reconhecida, usualmente, pela seção transversal triangular,
arredondada, dos cristais e pela fratura concóide. Apre
senta estria paralela ao eixo “c”. Distingue-se da
hornblenda pela ausência de clivag
em prismática. Pode-se identificar a turmalina no microscópio óptico
pelo seu forte pleocroísmo e elevada birrefringênci
a. Um mesmo cristal pode ter uma cor em cada
extremidade e ainda uma terceira no centro. Ou te
r uma cor externamente e outras no seu interior.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Seu nome vem do cingalês, “
Turmalii
”. Nenhum mineral utilizado para
gemas possui uma variedade de cores tão rica como a
turmalina, esta caracterís
tica foi responsável por
despertar um grande interesse em seu uso como ge
ma. Podem-se confundir a turmalina com ametista,
andaluzita, crisoberilo, citrino,
demantóide, hiddenita, pe
ridoto, prasiolita, quartzo enfumaçado, rubi,
esmeralda, espinélio sintético verde, topázio róseo,
vesuvianita, zircão e algu
mas imitações do vidro. A
turmalina é fortemente piroelétrica e piezoelétrica. Existem turmalinas bicolores, tricolores e
multicoloridas.
Referências:
BRANCO, P. M. (1984). Glossário Gemológico,
Ed. da UFRS, Porto Alegre, RS. p. 181-182.
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia, 1ª
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