Páginas

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O verdadeiro Eldorado :



                                          http://www.youtube.com/watch?v=WCKdHBYvPMg                                         


Gold: Museo de Oro, Bogota, Colombia

                                         http://www.youtube.com/watch?v=X4aZDhAA2WM

O Eldorado ou El Dorado é uma antiga lenda narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas. Falava de uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis.
Acreditou-se que o Eldorado fosse em várias regiões do Novo Mundo: uns diziam estar onde atualmente é o Deserto de Sonora no México. Outros acreditavam ser na região das nascentes do Rio Amazonas, ou ainda em algum ponto da América Central ou do Planalto das Guianas, região entre a Venezuela, a Guiana e o Brasil (no atual estado de Roraima). O fato é que essas são algumas — entre as várias — suposições da possível localização do Eldorado, alimentadas durante a colonização do continente americano. Apesar da lenda, muito ouro e prata foram descobertos nas Américas, em territórios como o Alto Peru, Sudeste do Brasil (Minas Gerais) e nas regiões onde viviam as civilizações asteca, inca e maia.
O termo Eldorado significa O (homem) dourado em espanhol; segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada.

A lenda de Manoa del Dorado

Eldorado (do castelhano El Dorado, "O Dourado"), Manoa (do achaua manoa, "lago"), ou Manoa del Dorado (já citado anteriormente) é uma lenda que se iniciou nos anos 1530 com a história de um cacique ou sacerdote dos muíscas, indígenas da Colômbia, que se cobria com pó de ouro e mergulhava em um lago dos Andes. Inicialmente um homem dourado, índio dourado, ou rei dourado, foi depois fantasiado como um lugar, o reino ou cidade desse chefe lendário, riquíssimo em ouro.
Embora os artistas muíscas trabalhassem peças de ouro, algumas das quais hoje formam o rico acervo do Museu do Ouro de Bogotá, nunca foram encontradas entre eles grandes minas, muito menos as cidades douradas sonhadas pelos conquistadores que pretendiam repetir a façanha de Francisco Pizarro no Peru. Tudo indica que os muíscas ou chibchas obtinham o ouro por meio de trocas com indígenas de outras regiões.
Sedentos por mais ouro, os conquistadores fizeram o mito migrar para leste, para os Llanos da Venezuela e depois para além, no atual estado brasileiro de Roraima ou nas Guianas. Na forma tomada pelo mito a partir do final do século XVI, a cidade dourada, agora conhecida como Manoa, se localizaria no imenso e imaginário lago Parima e teria sido fundada ou ocupada por incas refugiados da conquista de Pizarro.
O mito é semelhante ao de Paititi ou Candire, que também seria uma cidade cheia de riquezas que teria servido de refúgio a incas que escaparam da conquista espanhola, mas costuma ser localizada muito mais ao sul, entre as selvas da Bolívia e Peru ou no Brasil, no Acre, Rondônia ou Mato Grosso. Os dois mitos têm origem comum no sonho de conquistadores de enriquecer repetindo a façanha de Francisco Pizarro, o conquistador dos incas, e influenciaram-se mutuamente, mas o de Paitíti associou-se, em tempos mais recentes, com a nostalgia de povos andinos pelo antigo Império Inca, ganhando conotações nativistas.

O Eldorado na Colômbia

Em 1534, logo depois que os espanhóis completaram a conquista do Império Inca e refundaram a Kitu dos incas como San Francisco de Quito (no atual Equador), um índio foi lá solicitar ajuda dos espanhóis para a guerra de seu povo contra os muíscas. Ele afirmou que na terra dos muíscas havia muito ouro e esmeraldas e descreveu a cerimônia do homem coberto de ouro que, durante séculos, despertaria a cobiça dos conquistadores.
Cronistas relatam que, assim que o impulsivo Sebastián de Belalcazar ouviu a história, exclamou "Vamos procurar esse índio dourado!" Mas não foi o único. Belalcázar saiu de Quito em busca de El Dorado já em 1535, mas Nicolás de Federmann, que saiu da Venezuela no mesmo ano; e Gonzalo Jiménez de Quesada, que partiu da costa norte da Colômbia no ano seguinte. O último foi o primeiro a chegar à terra dos muíscas, perto de Bogotá e conquistá-los, em 1537. Os outros dois disputaram seu domínio da região em 1539, mas submeteram-se à arbitragem do rei da Espanha, que concedeu o governo da região de Popayán (ao sul) a Belalcázar. Quesada obteve os títulos de marechal do Novo Reino de Granada (nome que dera à região) e de Gobernador de El Dorado, voltando em 1549. Federmann nada obteve e foi processado pela família Welser, que financiara sua expedição, acabando por morrer na prisão.
Em 1568, com 60 anos, Jiménez de Quesada recebeu a missão de conquistar Los Llanos ("As Planícies"), a leste dos Andes, com a ideia de encontrar Eldorado. A expedição partiu de Bogotá com 400 espanhóis e 1.500 indígenas e alcançou a confluência dos rios Guaviare e Orinoco, mas não pôde prosseguir e retornou quatro anos depois, derrotada e reduzida a 70 homens. Com sucessivas explorações, a localização do suposto Eldorado foi se deslocando cada vez mais para leste, em território do que é hoje a Venezuela e depois o atual estado brasileiro de Roraima e as Guianas.

Cerimônia tribal


O Zipa usava pó de ouro para cobrir o seu corpo e, a partir de sua jangada, ele oferecia tesouros a Guatavita, deusa no meio do lago sagrado. Esta tradição Chibchas tornou-se a origem da lenda do El Dorado. Este modelo está em exposição no Museu do Ouro, em Bogotá, Colômbia.
Em 1636 Juan Rodríguez Freyle escreveu a versão mais conhecida da lenda na crônica El Carnero, dirigida a seu amigo Don Juan, cacique de Guatavita, localizando ali o mito:
Cquote1.svg ...Naquele lago de Guatavita faziam uma grande balsa de juncos, e a enfeitavam até deixá-la tão vistosa quanto podiam… A esta altura estava toda a lagoa cercada de índios e iluminada em toda sua circunferência, os índios e índias todos coroados de ouro, plumas e enfeites de nariz… Despiam o herdeiro (...) e o untavam com uma liga pegajosa, e cobriam tudo com ouro em pó, de manera que ia todo coberto desse metal. Metiam-no na balsa, na qual ia de pé, e seus pés punham um montão de ouro e esmeraldas para que oferecesse a seu deus. Acompanhavam-no na barca quatro caciques, os mais importantes, enfeitados de plumas, coroas, braceletes, adereços de nariz e orelheiras de ouro, e também nus… O índio dourado fazia sua oferenda lançando no meio da lagoa todo o ouro e as esmeraldas que levava aos pés, e logo o imitavam os caciques que o acompanhavam. Concluída a cerimônia, batiam os estandartes... E partindo a balsa para terra, começavam a gritaria... dançando em círculos a seu modo. Com tal cerimônia ficava reconhecido o novo escolhido para senhor e príncipe. Cquote2.svg
Segundo uma versão contada por Rodrigues Fesle em Conquista y descubrimiento del nuevo Reino de Granada de las Indias Occidentales de mar Oceano, os candidatos à sucessão do cacique ficavam presos numa gruta por seis anos, sem comer carne, sal ou pimenta; as mulheres lhe eram proibidas, assim como a luz do dia. No dia da entronização, seu primeiro ato consistia em entrar no lago para oferecer sacrifícios aos deuses, procedendo-se então à cerimônia já descrita, acrescentando-se o detalhe de um braseiro aceso levado a bordo da jangada.
Outra versão, referida por Enrique de Gandía na Historia Critica de los Mitos de la Conquista Americana (Buenos Aires: Juán Roldán, 1929) dizia que um cacique enganado pela mulher descobriu a traição e a obrigou a comer, numa festa, "os órgãos com os quais seu amante havia pecado" e ordenou aos índios que cantassem o crime diante de toda a aldeia enquanto durasse a bebedeira. Incapaz de suportar a humilhação, a mulher tomou a filha nos braços e jogou-se com ela no lago Guatavita. O cacique foi tomado pelo remorso, até que os sacerdotes lhe disseram que a mulher vivia em um palácio escondido no fundo das águas e podia ser honrada com oferendas de ouro. O cacique arrependido teria então passado a realizar a cerimônia.
Houve pelo menos duas tentativas de drenar o lago Guatavita em busca do suposto tesouro. A primeira foi em 1578, quando o mercador espanhol Antonio de Sepúlveda conseguiu uma licença do governo espanhol. Escavou um canal e conseguiu baixar o nível do lago em alguns metros, mas encontrou apenas dez onças de ouro.
Em 1801, Alexander von Hulboldt estudou o lago e mencionou-o em seus relatos, comentando que se a lenda fosse verdadeira, poderia conter centenas de milhões de libras em ouro. Sua especulação voltou a incendiar a imaginação de caçadores de tesouros e em 1825, o capitão Charles Stuart Cochrane, filho do Almirante Cochrane que comandou a frota chilena na guerra da independência, publicou um livro no qual dizia que ali devia existir ouro e pedras preciosas no valor de £ 1.120.000.000. Em 1898, foi formada a 'Company for the Exploitation of the Lagoon of Guatavitá', que dois anos depois transferiu seus direitos à firma franco-britânica 'Contractors Ltd.', com sede em Londres e cotada na Bolsa de Londres.
A empresa passou oito anos construindo um túnel para esvaziá-lo a partir do centro, mas quando o leito do lago foi exposto, o fundo tinha metros de lama e limo, que tornavam impossível caminhar sobre ele. No dia seguinte, o sol cozeu a lama e lhe deu uma consistência de cimento, tão dura que não pdia ser penetrada. A lama endurecida bloqueou as eclusas, o túnel foi selado e o lago voltou a se encher até o nível anterior. Foram encontrados objetos no valor de £ 500 que foram leiloados na Sotheby's, mas a empresa faliu sem recuperar o investimento de £40.000 e a 'Company for the Exploitation of the Lagoon of Guatavitá' foi dissolvida em 1929. Outras sondagens foram tentadas com dragas e brocas até que, em 1965, o governo colombiano pôs o lago Guatavitá sob proteção legal, proibindo novas tentativas.
O lago Guatavita parece ter sido um centro cerimonial importante para a iniciação dos jovens que seriam coroados zipas ou reis de Bacatá (atual Bogotá), mas a origem da lenda pode ser a lagoa de Siecha (Casa do Homem, em muísca) perto da pirâmide do Sol, a 35 quilômetros de Guatavita. Ali foi de fato encontrada, em 1856, uma peça de ouro de 262 gramas, com a forma de uma balsa redonda com 9,5 cm de diâmetro, que parecia representá-lo. Revelada ao mundo em 1883 por Liborio Zerda, no livro El Dorado, foi comprada por um museu alemão, mas perdeu-se quando o navio que a transportava incendiou-se no porto de Bremen.
Uma segunda peça muito semelhante foi, porém, encontrada em 1969, por três camponeses, dentro de um vaso de cerâmica, em uma pequena gruta da campina de Pasca, Cundinamarca. Encontra-se hoje no Museu do Ouro de Bogotá e é sua peça mais famosa. Conhecida como "Balsa de El Dorado", pesa 287,5 gramas, tem 19 cm de comprimento por 10 de largura e altura e contém uma figura maior cercada de doze menores.

O Eldorado na Guiana

Em 1584 o espanhol Antonio de Berrio partiu de Tunja (Colômbia) com a intenção de explorar o interior das Guianas e em 1590, na região do Orinoco, indígenas lhe disseram que a sete dias dali havia "uma infinita quantidade de ouro", cujas minas eram reservada aos caciques e suas mulheres, embora qualquer um pudesse extrair ouro dos riachos. Não alcançou, porém, as regiões em que os indígenas diziam estar localizado o lago Manoa, no outro lado das montanhas Pacaraima (Manoa, na língua Achaua significava "lago").
O relato da exploração foi redigido pelo lugar-tenente Domingo Vera, que teria feito acréscimos para suscitar a cobiça dos superiores, juntando à sua narrativa supostas revelações de um certo Juan Martínez, sobrevivente da expedição de Diego de Ordaz que teria vivido na capital de Eldorado. Martínez, tendo cometido uma falta grave, teria sido condenado à morte, condenação comutada, pela comiseração dos companheiros, no abandono do culpado numa canoa. Segundo a vesão contada mais tarde por Walter Raleigh:
Cquote1.svg Essa canoa foi levada pela corrente e encontrada flutuando por selvagens da Guiana, que nunca antes haviam visto um cristão. Eles levaram Martínez de de um lado para o outro, para que fosse visto como uma maravilha, e o levaram em seguida a Manoa, que é a capital do Império dos Incas. O Rei, que o viu, o reconheceu primeiramente como cristão e espanhol; porque não fazia muito tempo que os irmãos Guascar (Huáscar) e Atabaliba (Atahuallpa) estavam mortos, e que Pizarro tinha destruído seu império. Ele recebeu Martínez bastante bem, embora não houvesse esquecido a crueldade dos espanhóis. Cquote2.svg
Durante as festas dos guianeses, contava a narrativa de Martínez, "os servos untam os corpos dos notáveis com um bálsamo branco chamado curcay e os recobrem de pó de ouro, que sopram por meio de caniços, até que estejam brilhando da cabeça aos pés". Há ouro por toda a parte: na cidade, nos templos, sob forma de ídolos, de placas, de armaduras e de escudos. Sua capital era a cidade de Manoa, construída nas margens do lago Parima (ao qual inicialmente se tinha dado o nome de "Manoa"), ou "Parime", como o chamariam os ingleses.
Uma expedição militar inglesa se apossou dos documentos de Berrio e os comunicou à corte britânica, chegando então aos ouvidos do explorador e aventureiro inglês Walter Raleigh. Em 1594, conduziu sua própria exploração pelo Orinoco até o interior da atual Guiana venezuelana. Encontrou apenas uns poucos objetos de ouro e indícios de minério, mas que lhe bastaram para escrever um livro, A Descoberta do Grande, Rico e Belo Império da Guiana, com um Relato da Grande e Dourada Cidade de Manoa, que os Espanhóis chamam El Dorado, com o qual se ampliou e popularizou a lenda.
Raleigh encontrou no porto de Morequito, às margens do Orinoco, um certo Topiawari, idoso cacique dos aromaias, cujo sobrinho, o anterior cacique, havia sido assassinado pelos espanhóis. O inglês lhe disse que vinha protegê-lo dos espanhóis em nome da rainha Elizabeth I e lhe perguntou sobre como chegar à Guiana que tem ouro e aos incas. O velho lhe respondeu que não podia chegar à cidade de Manoa com os meios que dispunha naquele momento. Se quisesse, ele e seu povo o ajudariam, mas precisaria da ajuda de todos os povos que eram inimigos do império para obter guias e suprimentos. Recordou-lhe que 300 espanhóis haviam sido vencidos nas planícies de Macureguarai e não haviam conquistado a amizade de nenhum povo da região. Havia 4 dias de viagem até
Cquote1.svg Macureguarai onde habitavam os súditos mais próximos do Inca e os epuremeis, que é a primeira cidade onde vive gente rica que usa roupas fabricadas e de onde provinham essas placas de ouro que se viam aqui e ali entre os povoados fronteiriços e que eram exportadas para toda parte. Mas aquelas produzidas no interior das terras eram muito mais belas e representavam homens, animais, pássaros e peixes. Cquote2.svg
O cacique explicou que havia guerra entre o povo fronteiriço a seu território e os epuremeis, que lhe haviam roubado as mulheres. Queixou-se de que antes tinham dez ou doze mulheres e agora tinham de se contentar com três ou quatro, enquanto os senhores de Epuremei tinham 50 ou 100. Um homem do séquito de Topiawari disse a Raleigh que se o acompanhassem, deveriam repartir o saque: "para nós as mulheres, para vocês, o ouro".
Topiawari lhe disse que o ouro não provinha de veios, mas do lago de Manoa e de muitos rios. Que misturam o ouro com cobre para que o possam trabalhar, fundem-no em vasilhas de barro com furos, o metem em moldes de pedra ou argila e assim fabricam placas e imagens. Mencionou várias nações inimigas dos incas, entre elas os ewaipanomas, que não têm cabeça. Disse que os epuremeis tinham a mesma religião dos incas. Apesar da distância do Peru, Topiawari sabia que os espanhóis encontraram os maiores tesouros entre os incas. Raleigh ficou convencido de que Manoa existia, mas não tinha meios suficientes para encontrá-la e escreveu seu livro para tentar convencer a corte inglesa:
Cquote1.svg E estou convencido de que em Guiana será suficiente um pequeno exército de infantaria que se dirija a Manoa, a principal cidade do Inca, para separar para Sua Majestade várias centenas de milhares de libras por ano no total o que lhe permitiria proteger-se contra todos os inimigos do interior, fazer frente a todos os gastos do interior. Além disso, o Inca manteria com suas despesas reais uma guarnição de três ou quatro mil soldados para defende-se contra outros países. Pois ele não pode ignorar como seus predecessores, em especial seus tios-avôs Huáscar e Atahuallpa, filhos de Huayna Cápac, imperador do Peru, que se bateram pelo império, foram derrotados pelos espanhóis e que estes últimos anos, depois da conquista, os espanhóis procuraram os caminhos que levavam a seu país. Eles não podem deixar de ter ouvido falar dos cruéis tratamentos que os espanhóis infligiram às populações vizinhas. Por estas razões, pode-se estar seguro de que ele será convencido a pagar seu tributo com muita alegria, pois não tem armas de fogo nem de ferro em todo o seu império e pode então ser facilmente vencido. Cquote2.svg
Antes de terminar recorda as profecias da chegada dos espanhóis e que, segundo elas, "graças à Inglaterra, os incas reencontrarão no futuro seu poder e serão libertados da servidão a seus conquistadores".
Preso em 1603 por suposto envolvimento em uma conspiração contra o rei Jaime I, Raleigh foi libertado em 1616 para conduzir uma nova expedição ao Eldorado, que não teve sucesso, mas saqueou um posto avançado espanhol. Ao retornar, foi executado com base nas acusações anteriores e para apaziguar os espanhóis.
Raleigh acreditava que o Eldorado situava-se no vasto Lago Parima, que mapas da época situavam no interior da Guiana, aproximadamente onde hoje se situa o Estado de Roraima. Este lago, que nunca existiu, está presente na maioria dos mapas dos séculos XVII e XVIII e até em alguns mapas do início do século XIX, quando desaparece e é substituído pelo "Rio Parima", na região dos Tepuís do Monte Roraima.
Os responsáveis por seu definitivo desaparecimento foram o geólogo prussiano Friedrich Alexander von Humboldt e o botânico francês Aimé Bonpland, que viajaram entre o Orinoco e o Amazonas em 1800, em busca das nascentes do Caroni, que encontraram junto a uma pequena aldeia chamada Esmeralda, demonstrando a inexistência do suposto lago Parima.

Stevenson

No livro Uma Luz nos Mistérios Amazônicos (Manaus, 1994), o pintor chileno Roland W. Vermehren Stevenson, morador de Manaus, ressuscitou a lenda do lago Parime. Afirmou ter descoberto vestígios de um caminho pré-colombiano extinto da bacia de Uaupés a Roraima, com restos de construções de pedra, pelo qual os incas teriam trazido ouro no lombo de lhamas e também ter identificado o que já foi o lago do El Dorado, Manoa ou Parima, que seria a chamada região de campos ou lavrado de Boa Vista, desprovida de selvas, onde apenas há árvores (buritis) mas margens de lagoas, rios e igarapés.
Ali teria existido o lendário lago, localizado entre Roraima e a antiga Guiana inglesa, com um diâmetro de 400 quilômetros e área de 80 mil quilômetros quadrados e sua extinção teria começado há cerca de 700 anos. Segundo Stevenson, a cidade de Manoa localizava-se na região ocidental do lago, conforme o indicavam as primeiras cartografias das expedições, a exemplo de Hariot, que a desenhou vizinha a uma ilha de terra firme. O local exato seria a ocidente do que hoje chamamos ilha Maracá, onde na época do lago cheio estaria a foz do rio Uraricuera.

Referências

  • Parime: encontrado o lago lendário [1]
  • Dalton Delfini Maziero, "Em busca dos antigos mistérios Amazônicos" [2]
  • El Dorado, a persistent legend [3]
  • Museo del Oro: Eldorado Raft [4]
  • Emerald Stone: Cultura Muisca [5]
  • Uncharted Drake's Fortune (Playstation 3)(Game of the year 2007)
  • El Dorado, musica do album The Final Frontier da banda Iron Maiden

Bibliografia

  • Ana María Lorandi, De Quimeras, Rebeliones y Utopias: la gesta del inca Pedro Bohorque. Lima: Fondo Editorial de la PUC del Peru, 1997.
  • Jorge Magasich-Airola e Jean-Marc de Beer, América Mágica: quando a Europa da Renascença pensou estar conquistando o Paraíso. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
  • Vicente Restrepo, Los chibchas antes de la conquista española, Bogotá: Imprenta de la luz, 1895 [6]
  • R. S. Dietz e J. F. McHone, "Laguna Guatavita: Not Meteoritic, Probably Salt Collapse Crater" [7]

Ver também

Ligações externas

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Eldorado

Muito legal planta de lavagem estilo canadense



                                          http://www.youtube.com/watch?v=nGLW5WjcQss


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

RAMBO DO PARÁ

Fonte: http://pau-rodado.blogspot.com.br/2012/05/os-bons-cuiabanos-marcio-martins-da.html


“Bandido tem mais é que ficar na cadeia mesmo” respondia em voz baixa Márcio Martins da Costa, o famigerado “Rambo do Pará”, preso no Carumbé seis meses após invadir o “Garimpo Trairão”, ao norte de Mato Grosso. Era sua quinta prisão, a segunda pela polícia de Mato Grosso, e em todas as operações policiais preferia se entregar porque em semanas ou poucos meses era solto pela Justiça ou simplesmente fugia das prisões para reaparecer no paraense Vale da Esperança.

A região do Vale da Esperança não teve dono por um longo tempo, mesmo porque índios caiapós nunca foram chegados no progresso do homem branco, como derrubar a floresta, transformar madeira nobre em tábuas e queimar o resto, abrindo extensas lavouras ou pastagens. Daí que o governo resolveu ocupar os 30 milhões de hectares de terras públicas no Pará dando-as a desbravadores com grossos calos nas mãos e também na cachola, como Léo Heck.

O gaúcho Léo Heck chegou ao Vale da Esperança pela BR-163, a Rodovia Cuiabá-Santarém, em 1977 com a promessa de posse de 3.000 hectares, porém, o INCRA lhe deu o título de apenas 180 hectares, em 1987. Enquanto formava sua fazenda, para plantar boi, descobriram ouro em 1988, e aí resolveu plantar uma cidade chamada “Castelo dos Sonhos” ao centro de oito garimpos espalhados numa área de 400 mil hectares onde trabalhavam 6.000 garimpeiros.

Segundo Léo Heck, conhecido como “Onça Branca”, mas dos poucos a dispensar apelido, foram os garimpeiros “Gaguinho” e “Paraibinha” que descobriram ouro e deram nome ao lugar devido ao refrão da música “Castelo dos Sonhos”. Os dois garimpeiros originais sumiram, não se sabe se enriqueceram ou morreram. Mas Léo Heck se tornou o senhor absoluto do seu castelo, um “desbravador a convite do governo, e nunca desmatador ou grileiro”, e começou a vender os lotes ao equivalente atual a R$10mil, a cobrar taxas dos garimpeiros, e a estabelecer o comércio no distrito, distante 885 km da cidade-mãe de Altamira.

Aparentemente Léo não se intrometia diretamente nos garimpos, mesmo porque a ordem interna dos garimpeiros era imposta por um consórcio de donos de dragas, onde vez ou outra alguém morria, valente ou ladrão, mas, para os demais, todos com os bolsos brefados ou vida ferrada, a rotina seguia na miragem de um dia bamburrarem.

Em 1989 chegou ao Vale da Esperança o mineiro Márcio Martins da Costa, aos 23 anos, num avião em sociedade com outro piloto, era tudo o que tinha de patrimônio, US$10mil. Começou a transportar garimpeiros, ganhou dinheiro, e dizem que era muito amigo de Léo Heck, até que lhe tentou tomar uma área garimpeira na Justiça, tendo agradado a juíza com 2 kg de ouro. Perdeu a causa, mas mesmo que tivesse ganhado, acabaria algemado e arrastado pela rua principal do vilarejo de 235 casas por Léo Heck. Embarcou no pequeno avião e foi para Belém.

Márcio Martins retornou pouco depois. Irrompeu no “Garimpo Esperança IV” a bordo de um helicóptero disparando duas submetralhadoras americanas Ingram, que a imprensa apontou como Uzi israelense, talvez por que pouco antes o Globo Repórter tenha feito uma reportagem sobre armas vindas do Paraguai, sendo as machines guns Uzi, e as miras à laser, consideradas o bicho por gente besta como nós que se encantava com qualquer novidade apresentada pela mídia. Assim, apenas portando as armas, abatendo cinco garimpeiros, empilhando seus cadáveres e pulando sobre eles, foi o suficiente para surgir a fama de Márcio, o “Rambo do Pará”.

O novo dono do pedaço exigiu como tributo de cada dono de draga do “Garimpo Esperança IV” apenas 90 g de ouro, o que lhe rendeu US$320mil com que pagou os custos da operação belicosa, como transporte, homens, e as armas vindas de Miami. Depois disso impôs a sua ordem e o seu comércio. Criou mineradora, empresa de aviação, lojas de equipamentos para garimpeiros, ou compra de ouro, postos de gasolina, da bandeira Shell, e outros bens e serviços.

O óleo diesel no Vale da Esperança era revendido ao preço 130% maior que na região, o que lhe rendia 5,5 kg/ouro/mês; A hora de vôo era de 25 gramas/ouro, mas Márcio cobrava 80 gramas; Se no vilarejo de Castelo dos Sonhos um botijão de gás custava o equivalente a 0,6 grama, na mão do Márcio valiam 3 gramas, o que lhe dava 0,460/ouro/mês; A mesma lógica comercial para os remédios, como contra a malária, que custavam 0,3 gramas/ouro e eram vendidos pelo dobro. A doença, que acometia metade dos garimpeiros uma ou duas vezes ao ano, consumiam 10 gramas de ouro a cada tratamento; Luxos como quatro latinhas de cerveja custavam 1 grama, e uma garrafa de água mineral 0,20 grama.

Márcio Martins em três anos amealhou um patrimônio aparente de 17 pequenos aviões, sendo um deles avaliado em US$600mil, 05 caminhões, 06 postos de combustíveis e outros bens não contabilizados como milhares de hectares de terras e centenas de quilos de ouro por que arrecadava por baixo 80 kg de ouro por mês nos seus três garimpos. Montou uma rede de rádios-amadores na região MT/PA e contava com um grupo armado de 60 homens que controlavam 2.000 garimpeiros.

No entrevero entre “Onça Branca” e o “Rambo do Pará”, se lançava mão do chumbo dos guaxebas ou liminares da justiça, com juízes dando pitaco onde não eram chamados, ou desembargadores desorientados, talvez por conta de políticos que vez ou outra desciam nos garimpos e retornavam com presentes em forma de pepitas. A autoridade moral sempre pendeu para o lado de “Onça Branca”, mas a situação sempre era inconclusiva.

Então apareceu outro personagem a disputar no braço, ou bala, o controle dos garimpos, Edson Martins Cardoso, o “Edson Goiano”, o mais fraco deles, mas que se gabava do seu grupo contar com o lobbie de um advogado com influência no ministério da Justiça. Pelo sim, pelo não, Márcio mandou matar Edson quando soube de uma viagem sua para Barra do Garças, onde se encontraria com um advogado, que acabou morto porque os pistoleiros não encontraram o alvo principal, e não queriam perder a viagem.

As mortes debitadas a Márcio Martins começaram em 02/09/1989, quando pulou do helicóptero com as submetralhadoras, executando cinco homens, e, incontinenti, invadindo “Castelo dos Sonhos” e fazendo tombar mais quatro. Depois disso, contou-se 300 cadáveres debitados em seu nome até fechar o inventário com os três mortos na invasão do “Garimpo do Aquino”, em 09/01/1992. Ao final do mês de janeiro de 1992 chegaria ao fim a crônica do “Rambo do Pará”.

Apesar de andar com armas penduradas pelo corpo, coturno, calça camuflada e a indefectível fitinha vermelha na cabeça, para fazer jus a midiática fama de “Rambo”, o jovem Márcio era um moço urbano, bem educado, de bons relacionamentos e contatos no mundo político e econômico de Belém e São Paulo. Tinha muitos sócios, as quais a imprensa de tempos em tempos nos apresenta alguns deles, ainda vivos e atuantes, mas na época os mais conhecidos era o seu irmão Miron Martins da Costa e José Miguel Villaverde, o “Miguel Argentino”, tido pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto como o verdadeiro chefe.

Outros supostos sócios, como o piloto João Américo Vieira, e o médico Orlando Mayer, acabaram acusados ( e quinze anos depois absolvidos ) de terem-no ajudado a invadir o “Garimpo Trairão”, em maio de 1991, em Guarantã do Norte, MT. Mas não conseguiram o controle, apesar da ação espetaculosa e da morte de doze homens. Mesmo assim, a PM de MT se pôs à caça de Márcio Martins, o capturou, e o trouxe para Cuiabá, de onde já tinha fugido uma vez. Apesar do sucesso da caçada, eis que a imprensa cuiabana se pôs a cobrar das autoridades punição da PM porque “na saída, a título de cobrir despesas, arrecadou por intimidação todo o ouro em poder dos garimpeiros”. O assunto foi abafado.

Curiosamente, mesmo com o serviço de inteligência reportando que a logística de fuga de Márcio Martins estava pronta, e que o bando trouxera 15 kg de ouro para Cuiabá, eis que a cúpula da segurança pública o transferiu para um quartel da PM cujo prédio era mais histórico que seguro, de onde se acompanhava o som das missas vindo de uma igreja em frente, e, por onde num domingo se misturou aos fiéis após encontrar a cela aberta e nenhum sentinela no portão. Acabou amanhecendo no Vale da Esperança.

Mesmo com a má fama, muita gente gostava do “Rambo do Pará”, misto de pistoleiro, garimpeiro, sádico, psicopata, assassino por cobiça, ou assassino por farra, como obrigar as vítimas a beber urina, simular felatio na ponta da escopeta ou entre si mesmos antes de morrerem e a filmar algumas das suas ações, quase todas com cenas de mórbida execução ou vilipendio de cadáveres.

Além do comércio que girava ao redor do ouro, o grupo começou a trabalhar com cocaína, refinando no Vale da Esperança o produto vindo de Rondônia e o transportando para o mercado consumidor paulista.  Um dos seus mecânicos de aviões, Cézar Luís Camargo, relatou que Márcio possuía dois laboratórios de refino em sociedade com o deputado federal de Rondônia Jabes Rabelo, que teve o irmão Abidiel preso ao transportar 500 kg de cocaína em São Paulo, e o assombro, portando uma carteira funcional do Congresso.

O Palácio do Planalto se inquietava com a "colombialização" de Rondônia, e o sul do Pará estava no mesmo caminho, como reduto de banditismo, fugitivos, bandos armados, tráfico de drogas e armas, e o pior, os aviões desciam no garimpo para carregar ouro para gabinetes refrigerados que detinham o poder, em Belém ou Brasília. O próprio Márcio reclamava disso, e dizia que as propinas para autoridades estavam pesando no seu orçamento. Porém, o governador Jaber Barbalho alegava falta de recursos e o problema era de Brasília.

Ocorreu que durante a campanha eleitoral para governador de Rondônia, o senador Olavo Pires foi executado por um dos pistoleiros de Márcio, chamado “Polaquinho”. Aparentemente, o senador deu um baile no negócio de drogas do outro sócio, o deputado Rabelo, por que a polícia paulista apreendeu seu avião transportando 50 kg de cocaína, e o combinado entre eles era de transportar apenas 5 kg. Temendo serem passados prá trás, acabou que a morte do senador foi tramada numa das fazendas do Vale da Esperança. O acerto foi presenciado pelo mecânico Cézar, que também apontou conexão com o governador Barbalho porque quando ministro visitara a sede do grupo da família Rabelo em Porto Velho.

O governador Barbalho foi cobrado mais uma vez pelo ministro da Justiça Jarbas Passarinho pela falta de ordem no Pará. Os garimpeiros, considerados comparativamente camelôs da mineração, enquanto as mineradoras eram negócios legais e legítimos, estavam corrompendo autoridades de modo aviltante, e não se sabia o que era boato ou verdade. Até mesmo o bom nome do xerife Romeu Tuma estava na lama porque supostamente descumpriu ordem presidencial contida na “operação selva livre”. O boato era de que 50 Kg de ouro de Roraima deveriam pousar mensalmente em Brasília, caso contrário todas as pistas seriam bombardeados.

Além disso, o tráfico de drogas estava usando a mesma logística dos garimpeiros em toda a amazônia brasileira, e com o preço em queda do ouro faltamente o narcotráfico iria prosperar. Outro problema é que os garimpeiros excedentes poderiam incorporar as fileiras de uma narco-guerrilha, ou do MST, que se voltava para a região por conta das terras públicas griladas e dos trabalhadores escravizados nas fazendas do Pará, Tocantins e Mato Grosso. O “Rambo do Pará” teve uma fazenda expropriada, a Big Valley, por que mantinha 20 trabalhadores escravos que foram resgatadas pela PF.

Sem poder evitar a fadiga, o governador Barbalho deu a ordem, e a PM agiu.

Dois helicópteros circularam a sede de uma fazenda de Márcio Martins da Costa, que não se importou porque lhe disseram que o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral faria um serviço de geologia por perto. Mas as máquinas desceram na fazenda e dela pularam uma dúzia de pés-pretos com uniformes e equipamentos de combate. Os capangas fugiram pelo mato, todos correram, menos Miron, que foi capturado, e Márcio se escondeu numa das paredes falsas da casa e lá permaneceu por 18 horas bebendo água mineral e comendo rapadura. A PM vasculhou todos os arredores até escurecer. No dia seguinte, se ouviu o som dos helicópteros decolando e, logo depois, a voz de Miron chamando pelo irmão Márcio.

A porta falsa do esconderijo se abriu e dela emergiu um rapaz com os membros entorpecidos pela imobilidade de uma noite inteira. Ao virar os olhos pela sala o temível “Rambo do Pará” levou um tiro de fuzil no rosto e enquanto seu corpo caía outro tiro estourou seu coração, antes de tocar o solo dezenas de gramas de chumbo acabaram rasgando seu corpo. A PM cumprira a missão. A região sul do Pará estava pacificada.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

JOGO LEGAL DE PROSPECÇÃO, PERFURAÇÃO, E LOJISTICA DE PETRÓLEO :

 http://www.questforoil.com/?gclid=CNDHiPbsw7kCFUVp7Aodgn4AzA

  Bem-vindo a Quest for Oil!

Em um ambiente único de jogos online, Maersk leva você a uma busca por um dos recursos mais indispensáveis ​​de hoje - petróleo. Você vai fazer uma viagem subterrânea, explorando o subsolo e chegar ao coração do negócio vital e desafiadora do mundo: a indústria do petróleo.

Saber é poder
Você vai testar o seu juízo contra um adversário digital de inteligência artificial dedicado a fazer você perder. Sua capacidade de entender os principais desafios da indústria de petróleo é crucial: como ler as camadas da terra, como detectar onde encontrar reservatórios de petróleo e como saber quando você está perdendo seu tempo. As decisões analíticas que você fizer vai determinar se você ganha ou perde.



Maersk Drilling

Welcome to Quest for Oil!
In a unique online gaming environment, Maersk takes you on a quest for one of today’s most indispensable resources – oil. You will go on a subsurface journey, exploring the underground and getting to the heart of the world’s vital and challenging business: the oil industry.
Knowledge is power
You test your wits against an artificially intelligent digital opponent dedicated to making you lose. Your ability to understand the key challenges of the oil industry is crucial: how to read earth layers, how to detect where to find oil reservoirs and how to know when you’re wasting your time. The analytical decisions you make will determine whether you win or lose.
How well do you understand the industry? What is the importance of the seismic phase? How were the earth’s different layers formed? Which of these might yield oil? You will learn the answers to all these questions and then use this knowledge to beat the digital opponent who is constantly trying to beat you.

http://www.questforoil.com/?gclid=CNDHiPbsw7kCFUVp7Aodgn4AzA

domingo, 8 de setembro de 2013

ALERTA : ESTÃO COMPRANDO A MAIORIA DE NOSSAS NASCENTES : Coca-Cola Femsa paga US$ 1,85 bi por indústria de bebidas brasileira

http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/08/coca-cola-femsa-paga-us-185-bi-por-industria-de-bebidas-brasileira.html

Coca-Cola Femsa paga US$ 1,85 bi por indústria de bebidas brasileira

Acordo para compra de 100% da Spaipa foi anunciado neste sábado (31).
Spaipa atua em todo o Paraná e em mais da metade do Estado de SP.

Da Reuters
Comente agora
A Coca-Cola Femsa, uma joint venture (parceria) entre a Coca-Cola e a varejista mexicana e engarrafadora Femsa, anunciou neste sábado (31) acordo para a compra de 100% do controle acionário da indústria de bebidas brasileira Spaipa, por US$ 1,85 bilhão.
O acordo representa mais um passo da companhia na consolidação no Sistema Coca-Cola Brasil, segundo uma nota divulgada pela empresa, que já é a maior desse sistema.
"A Spaipa, que atua em todo o Paraná e em mais da metade do Estado de São Paulo, contribui de forma importante para reforçar a posição de liderança da Coca-Cola Femsa dentro do Sistema Coca-Cola", disse.
Em junho deste ano, a Coca-Cola Femsa adquiriu a Companhia Fluminense de Refrigerantes, engarrafadora com atuação em parte dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, por US$ 448 milhões.
O negócio anunciado neste sábado foi a sétima aquisição da empresa desde a decisão de entrar no Brasil, quando assumiu o controle da Panamco, que atuava no litoral e em parte do interior do Estado de São Paulo, assim como nas regiões metropolitanas de Campinas e da capital paulista, além de todo o Mato Grosso do Sul. Em 2008, a empresa comprou a Remil, franquia com atuação em Minas Gerais.
"Há uma grande complementaridade entre os territórios da Coca-Cola Femsa Brasil e os que pertencem à Spaipa. Isso nos permitirá ganhos logísticos e maior eficiência no atendimento de nossos clientes", disse o presidente da Coca-Cola Femsa Brasil, José Ramón Martínez, em comunicado.
Ele observou que a aquisição das operações da Spaipa traz boas possibilidades de crescimento para a companhia.
A Spaipa tem sede em Curitiba (PR) e atende 399 cidades no Estado do Paraná e 336 no Estado de São Paulo. A empresa possui duas fábricas em cada Estado: em Curitiba e Maringá, no Paraná, e em Marília e Bauru, em São Paulo. Além disso, a Spaipa conta com sete centros de distribuição, 6 mil funcionários e 445 caminhões para atender 116 mil pontos de venda e 17,2 milhões de consumidores.
Em 2012, Spaipa vendeu 236 milhões de caixas unitárias de bebidas, gerando uma receita líquida de cerca de US$ 929 milhões.
Com a aquisição, a Coca-Cola Femsa Brasil amplia também a sua capacidade produtiva no país, que passa de 680 milhões para mais de 1,1 bilhão de caixas unitárias por ano. O número de colaboradores diretos crescerá cerca de 40%, e o total de consumidores atendidos passa de quase 50 milhões para 66 milhões.
O acordo já foi aprovado pelo Conselho de Administração da Coca-Cola Femsa, mas a transferência da gestão da operação não acontecerá de imediato, pois depende ainda de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Adicionalmente, a Coca-Cola Femsa buscará aprovação desta transação com a The Coca-Cola Company.
Outros investimentos
Para desenvolver as estratégias de crescimento no mercado brasileiro de bebidas, a Coca-Cola Femsa Brasil lembrou em nota que "está investindo mais de US$ 340 milhões somente em ampliação de capacidade de produção e logística".
No final de 2013, começa a operar a primeira de duas etapas do novo Centro de Distribuição de Sumaré (SP), nas quais serão investidos US$ 37 milhões de dólares.
A empresa também está construindo uma unidade fabril em Itabirito (MG), que terá capacidade anual para produção de 2,1 bilhões de litros, equivalente a um incremento de aproximadamente 47 por cento em relação à produção atual da fábrica de Belo Horizonte. Os investimentos na construção e implantação da unidade são da ordem de 258 milhões de dólares.
Na unidade de Jundiaí, estão sendo investidos 53 milhões de dólares na construção de um armazém vertical totalmente automatizado e na instalação de uma nova linha de PET, com capacidade de produzir 72 mil garrafas PET por hora.
Hoje, a fábrica de Jundiaí, maior da Coca-Cola no mundo em volume de produção, possui capacidade produtiva de 300 milhões de caixas unitárias por ano.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

OGXP3 : AGORA À 0,52 . NADA MAL ; QUASE 100% EM 1 SEMANA. ( DE 30 À 61) .



http://www.infomoney.com.br/ogxpetroleo/noticia/2949659/eike-injetara-bilhao-ogx-atraves-put-acoes-diminuem-ganhos-apos

  Eike injetará US$ 1 bilhão na OGX através de put; ações diminuem ganhos após subir 48%

OGX exerce put de US$ 1 bilhão concedida por Eike Batista; decisão da diretoria foi unânime
Por Lara Rizério  
a a a
SÃO PAULO -  A OGX Petróleo (OGXP3) anunciou que, por decisão unânime, exerceu opção de venda - put - em face de seu acionista controlador, Eike Batista, no valor de US$ 1 bilhão. O preço de exercício é de R$ 6,30 por ação da companhia, enquanto os papéis fecharam a última sessão a R$ 0,41. Ou seja, o empresário irá desembolsar um valor mais de 15 vezes maior para a compra das ações da companhia. 
O valor de US$ 100 milhões será embolsado diretamente e o saldo ocorrerá de forma modulada diante da necessidade de caixa adicional pela companhia, conforme determinação de sua administração.
A diretoria da petrolífera irá propor uma reunião extraordinária do conselho de administração para a convocação de assembleia geral destinada a aprovar o imediato aumento de capital social no valor de US$ 100 milhões.


Eike injeta US$ 1 bilhão na OGX (Ricardo Moraes/Reuters)
Eike injeta US$ 1 bilhão na OGX (Ricardo Moraes/Reuters)
Com esta notícia, as ações chegaram a registrar ganhos de 47,78%, a R$ 0,61, mas diminuíram as altas e operam, às 12h04 (horário de Brasília), com ganhos de 19,51%, a R$ 0,49.
Contrato firmado em outubro
Vale ressaltar que o mercado estava bastante cético quanto ao exercício da opção pela companhia, em meio às dificuldades financeiras do empresário. O contrato de put foi firmado em outubro de 2012; na época, foi estabelecido que Eike poderia comprar US$ 1 bilhão em ações da companhia quando ela achasse que fosse necessário se capitalizar. A empresa precisará subscrever novas ações ao controlador ao preço de R$ 6,30 até completar a quantia de US$ 1 bilhão. Na sessão do dia 24 de outubro, as ações estavam cotadas a cerca de R$ 5,00, valor 20% abaixo do estabelecido pela put. 
"Ao conceder essa opção, enfatizo a minha confiança na qualidade do corpo técnico e ativos da companhia, bem como nas novas oportunidades que o setor de óleo e gás oferece à OGX", afirmou o empresário na ocasião. A opção poderia ser exercida até o dia 30 de abril de 2014 - condicionada à necessidade de capital social adicional da companhia e a ausência de alternativas melhores.
Eike injetará US$ 1 bilhão na OGX através de put; ações diminuem ganhos após subir 48% - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/ogxpetroleo/noticia/2949659/eike-injetara-bilhao-ogx-atraves-put-acoes-diminuem-ganhos-apos
Eike injetará US$ 1 bilhão na OGX através de put; ações diminuem ganhos após subir 48% - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/ogxpetroleo/noticia/2949659/eike-injetara-bilhao-ogx-atraves-put-acoes-diminuem-ganhos-apos