Páginas

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

OURO NO RIO DE JANEIRO


 















Mergulhador, morando em balsa, tirando ouro no Rio Paraíba do Sul




 
Apreensão de balsas de garimpo de ouro, em Carmo RJ









 Inúmeras balsas em carmo-RJ, extraindo ouro no  Rio Paraíba do Sul









 Inúmeras balsas em carmo-RJ, extraindo ouro no  Rio Paraíba do Sul
Operação bracelete, com a presença do Ministro  do meio ambiente Carlos Mink aborda diversas balsas com 10 garimpeiros de vários estados




Vídeo de Guararema-SP onde o Rio Paraíba do Sul passa , com água limpa e muitos peixes; Inacreditável.







Garimpo Ilegal
Exploração de ouro no Paraíba do Sul vira caso de polícia
RIO - Apesar de o Rio de Janeiro não ser o estado dono de jazidas de ouro de alto valor econômico, a ocorrência do mineral no Paraíba do Sul já virou alvo de cobiça no estado. É o que mostra a reportagem de Liana Melo, publicada neste domingo no caderno de economia do jornal O Globo. A atividade alastrou-se por cidades ribeirinhas nos arredores de Barra do Piraí, Cantagalo, Comandante Levy Gasparian, Itaocara, Paraíba do Sul, Rio das Flores, Sapucaia, Três Rios, Valença e Vassouras, onde está o distrito de Aliança. O estado está vivendo uma espécie de corrida do ouro.
Mas a matéria mostra tratar-se de uma corrida ilegal, que já virou caso de polícia e motivo de repressão da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), vinculada à secretaria estadual de Meio Ambiente, do Ibama e do Batalhão de Polícia Florestal. Por trás do negócio está Francisco Barrozo dos Santos, dono da Mineradora Vale do Paraibuna e de balsas usadas para explorar ouro no Paraíba do Sul.
Barrozo consta dos registros de ocorrência de operações da polícia florestal na região como o dono do garimpo. Além disso, seu nome está citado nos pedidos de pesquisa de ouro feitos ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do Ministério de Minas e Energia (MME), a quem cabe fiscalizar a mineração no país. As condições de trabalho são insalubres e ninguém tem carteira assinada











Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro

PDF Imprimir E-mail
Escrito por tamarafaria   
Ter, 18 de Agosto de 2009 11:10
Os minerais e as rochas sempre estiveram presentes na vida do homem, por exemplo, o sílex no machado e na ponta das flechas de nossos ancestrais; a turquesa nas jóias dos faraós; o betume nas tochas que ardiam nas cidades egípcias.

Os nomes utilizados na escala de tempo da pré-história do homem demonstram a importância dos minerais e das rochas no desenvolvimento da civilização: Idade da Pedra, Idade do Bronze e Idade do Ferro.

Os bens minerais podem ser considerados como "frutos da terra". A exploração de minérios de forma indiscriminada pode ocasionar, entretanto, a destruição da flora, a extinção da fauna, a erosão dos solos e a poluição do ar e das águas. As rochas e os minerais levaram até bilhões de anos para formarem-se e devem, portanto, ser extraídos de maneira racional, pois ocorrem em quantidade finita e não renovável. Os processos de formação dos recursos minerais são incompatíveis com a escala de tempo do homem. Os minerais e rochas são "frutos da terra" que não dão duas safras.
Conceitos

Os recursos minerais englobam materiais rochosos que podem ser utilizados pelo homem. Como parte do recurso mineral, a reserva mineral representa um determinado volume de rochas com caraterísticas próprias, passível de aproveitamento econômico. Em outras palavras, recurso é "o que temos" e reserva é "o quanto temos".

A pesquisa de um indício mineral pode fornecer a localização de uma ocorrência mineral, se a presença das substâncias de interesse não for economicamente aproveitável nas condições atuais. Ou, então, resultar na descoberta do depósito mineral que compreende, por sua vez, uma massa ou volume de rocha que contém minerais ou elementos químicos em concentração anômala, quer dizer, superior quando comparada a distribuição média na crosta terrestre, que permite caracterizá-los como de interesse econômico. O grau de concentração da substância mineral no depósito é dado pelo teor e somente a partir de um determinado valor será extraída com lucro. Assim, a jazida mineral consiste do depósito mineral em que ficou estabelecida a explotação, ou seja, a viabilidade econômica de extração das substâncias úteis.

A atividade que visa a descoberta de minérios denomina-se prospecção mineral, geralmente realizada em três etapas sucessivas. A primeira fase envolve o reconhecimento geológico para seleção de alvos; na segunda fase são feitos estudos detalhados dos alvos; e por fim, na última fase, o alvo é avaliado em termos econômicos.

O conjunto de operações coordenadas para aproveitamento do material da jazida é denominado lavra. A mina vem a ser a jazida mineral em lavra. A mina pode ser a céu aberto, subterrânea ou mista. A lavra pode ser executada de modo artesanal e rudimentar como nos garimpos ou realizada mecanicamente e em grande escala como nas minerações.

A avaliação da potencialidade do depósito mineral depende de vários fatores, mas principalmente de volume significativo e de teor adequado do minério para garantir seu suprimento a longo prazo. Minério é definido, portanto, em bases econômicas e representa agregado de minerais de ocorrência natural, a partir do qual uma ou mais substâncias úteis podem ser extraídas com expectativa de lucro. Outros fatores devem ser levados em consideração para viabilidade do depósito mineral, por exemplo, localização do corpo mineralizado, disponibilidade de energia elétrica e água, infra-estrutura da região, mão-de-obra, custos de extração, preço do minério, meios de transporte, oferta e demanda do mercado, taxação governamental, questões políticas e sociais e impacto ambiental.

É necessário, na grande maioria dos casos, que o minério seja submetido a processos industriais que permita sua utilização. A tecnologia empregada no beneficiamento de minérios depende das propriedades do material, como composição mineralógica do agregado, dimensões e forma das partículas minerais, sub-produtos associados e impurezas indesejáveis.

O beneficimento de minérios consiste na obtenção do concentrado e do rejeito, através de operações que envolvem cominuição, classificação por tamanho, separação, desaguamento e secagem. O concentrado é um produto com elevado teor da substância de interesse e com especificação apropriada. O rejeito é o material que não tem aplicação e será descartado.

Desse modo, várias etapas devem ser seguidas, desde a pesquisa de minérios até o estabelecimento e operação da mina. Os trabalhos começam com a prospecção mineral para descoberta do depósito de determinada substância de interesse. Depois, são realizados os estudos de viabilidade para comprovar a economicidade do depósito e caracterizá-lo como jazida mineral. O desenvolvimento da mina é feito com a implantação da infra-estrutura necessária. A mineração consiste basicamente da extração do minério, seguida dos processos de beneficiamento do mesmo. Após o transporte do produto para o mercado consumidor, faz-se a sua comercialização.

Classificação dos Bens Minerais

O bens minerais podem ser classificados de acordo com as reservas, produção e consumo de determinados países. Mas isso tem caráter transitório, quer dizer, o que é abundante em determinada época pode se tornar escasso em outra. O contrário também tem validade com a descoberta de novos depósitos minerais.

Os minérios excedentes, a julgar pela razão produção/consumo, podem ser exportados, por um longo prazo, sem risco para o abastecimento do mercado interno de determinado país. Como minérios excedentes, o Brasil tem, hoje em dia, nióbio, ferro, grafita, manganês, níquel, caulim e outros.

Os minérios suficientes suprem as necessidades da demanda de um país, por um intervalo de tempo relativamente longo, podendo ser exportados em determinadas circunstâncias. Das substâncias minerais produzidas no Brasil, apenas 14% são tidas como suficientes, por exemplo, barita, gipsita e fedspatos.

Os minérios insuficientes ou escassos são aqueles inexistentes ou que não ocorrem em quantidade necessária para atender a demanda de consumo interno do país, necessitando freqüência na importação. O Brasil precisa importar, atualmente, fosfato, enxofre, potássio, chumbo e combustíveis fósseis.

Já a razão reserva/produção anual é utilizada para estimativa de duração das reservas minerais conhecidas, tomando-se, como referência, o intervalo de 20 anos, que coincide com o tempo necessário para descoberta de novos depósitos minerais e o estabelecimento de minas. Desse modo, as reservas podem ser classificadas como: abundantes, suficientes e reservas carentes. No Brasil, as menores estimativas de reservas são para ouro, estanho e zinco, e as maiores expectativas ficam com argilas refratárias, caulim e magnesita.

A conservação dos recursos minerais (sabendo usar, não vai faltar) deve se dar por racionalização na utilização dos minérios, poupança no uso das substâncias escassas, reciclagem dos materiais e substituição dos minérios raros pelos mais abundantes.

Classificação dos Minérios

O minério, como uma rocha, tem dois tipos de materiais associados: o mineral de interesse, denominado mineral de minério ou mineral minério e o mineral de ganga ou ganga, que não tem valor econômico.

Esse conceito, entretanto, não é absoluto e isso quer dizer que o mineral de interesse de determinado minério pode ser ganga em outro e vice-versa. Vejamos, o principal minério de ferro brasileiro é o itabirito, que contém basicamente hematita e quartzo. Nesse caso, a hematita constitui o mineral de minério e o quartzo é considerado ganga. Nas indústrias de vidro, o quartzo das areias é o mineral de interesse.

De acordo com a natureza das substâncias, os minérios podem ser classificados como: metálicos, não-metálicos e energéticos.

Os minérios metálicos são fontes de elementos metálicos, podendo ser divididos em ferrosos e não-ferrosos. No grupo dos minérios ferrosos estão elementos como ferro, manganês, cromo, níquel, cobalto e vanádio, entre outros, utilizados para fabricação de ferroligas. Os minérios não-ferrosos podem ser divididos em básicos (cobre, chumbo, zinco e estanho), leves (alumínio, magnésio e titânio) e preciosos (ouro, prata, platina e paládio).

O grupo dos minérios não-metálicos também é conhecido como MRI - minerais e rochas industriais. Essa classe é muito abrangente, incluindo materiais de construção (areia, casacalho, brita e rochas ornamentais), materais para indústria química (enxofre, fluorita e pirita), fertilizantes (NPK - nitrato, fosfato e potássio), cimento (calcário), cerâmica (argilas, feldspatos e sílica), refratários (cromita e magnesita), abrasivos (córindon, diamante e alumina), isolantes (amianto e mica), fundentes (carbonato e fluorita), pigmentos (titânio e ocre), gemas (diamante, esmeralda, água-marinha, rubi, safira e turmalina) e águas minerais.

Os minérios energéticos são substâncias que podem ser usadas como fonte de energia e englobam os materiais nucleares e os combustíveis fósseis. Os materiais nucleares são minerais que contém elementos radioativos como urânio e tório. Os combustíveis fósseis têm origem na acumulação de microrganismos em sedimentos, estes transformados posteriormente em rochas sedimentares por processos diagenéticos, sendo divididos em sólidos, como a série turfa-linhito-carvão mineral-antracito, e líquidos e gasosos, como o óleo e o gás natural do petróleo (moléculas compostas por carbono e hidrogênio).
Esquerda: Amostra de Monazita (Fonte: Home Page da INB-Indústrias Nucleares do Brasil).
.
Esquerda: Amostra de Ilmenita (Fonte: Home Page da INB-Indústrias Nucleares do Brasil).
Direita: Amostra de Zirconita (Fonte: Home Page da INB-Indústrias Nucleares do Brasil).
Principais Bens Minerais do Estado do Rio de Janeiro

O Estado do Rio de Janeiro caracteriza-se pela disponibilidade de recursos minerais não-metálicos, especialmente material para construção civil e água mineral. Destaca-se, também, pelas grandes reservas de óleo e gás natural da Bacia de Campos, responsável pela maior produção de petróleo do país. No que diz respeito aos recursos minerais metálicos, destacam-se as areias portadoras de rutilo, ilmenita e zirconita.

Os principais recursos minerais do Estado do Rio de Janeiro estão relacionados a seguir, juntamente com as ocorrências típicas no território fluminense.

Águas Minerais: são procedentes de fontes naturais ou captadas, possuem características físico-químicas distintas das águas comuns e dotadas de propriedades terapêuticas. O Estado do Rio de Janeiro conta com águas minerais das seguintes variedades: potáveis de mesa e radioativas na fonte (Petrópolis, Teresópolis, Magé, Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Rio Bonito, Nova Iguaçu, Seropédica e Rio Claro); fluoretadas (Miguel Pereira, Carmo, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu, Magé, São Gonçalo e Nova Iguaçu); alcalino-bicarbonatadas e alcalino-terrosas (Paraíba do Sul, Cantagalo, Itaperuna e Cardoso Moreira), carbogasosas (Itaperuna, Santo Antônio de Pádua e São Fidélis); e raras (Três Rios, Cachoeiras de Macacu, Santo Antônio de Pádua e Macaé).

Areia Monazítica: concentração natural de minerais pesados que pode ocorrer ao longo do litoral (depósitos de praia) e em determinados trechos de rios (depósitos fluviais). Minerais pesados têm alta densidade, elevada estabilidade química e grande resistência física ao transporte. No Estado do Rio de Janeiro, a principal jazida de areia monazítica encontra-se em Buena, município de São Francisco do Itabapoana. Outros depósitos menores ocorrem em Parati, Angra dos Reis, Cabo Frio e Campos dos Goytacazes. Pequenos depósitos fluviais ocorrem em Sapucaia e Valença. Essas areias são constituídas principalmente monazita, zircão, ilmenita e rutilo.

monazita: fosfato de elementos de terras raras (ETR), com quantidades variáveis de tório e urânio, apresentando radioatividade. Várias utilizações, principalmente na fabricação de vidros especiais (tubo de televisão, catalizadores para "cracking" do petróleo e fibras óticas).

zircão: silicato de zircônio, podendo conter háfnio. Utilizado na fabricação de produtos refratários, moldes de fundição e peças para reatores nucleares. ilmenita: óxido de ferro e titânio. Tem ampla aplicação na indústria aeroespacial, como ligas em motores e turbinas.

rutilo: óxido de titânio. Usado principalmente na fabricação de pigmentos nas indústrias de tintas.

Areia Quartzosa: material composto essencialmente por grãos de quartzo depositados ao longo dos rios (areias fluviais) ou da costa (areias litorâneas ou de praia). As areais fluviais são impuras, constituídas por grãos angulosos e pouco selecionados, misturados a torrões de argila, fragmentos de rochas e detritos orgânicos. Já as areias litorâneas, devido ao retrabalhamento, possuem grãos bem arredondados e selecionados, podendo ter fragmentos de conchas e sais marinhos. As areias de praia são utilizadas na indústria de fundição (moldagem); como abrasivo (para jateamento e fabricação de lixas); na obtenção de farinha de sílica (carga tanto em produtos de limpeza como em tintas); e na siderurgia para fabricação de ferro-silício. No Estado do Rio de Janeiro, os principais depósitos de areias litorâneas localizam-se em Macaé, Cabo Frio, Araruama, Maricá e Parati. As areias fluviais, usadas na construção civil, ocorrem em todos os municípios, porém grande parte da produção está próxima aos grandes centros urbanos. Os principais municípios produtores são Seropédica, Itaguaí, Queimados, Nova Iguaçu, Paracambi, Rio de Janeiro, Barra Mansa, Três Rios, Casimiro de Abreu e Silva Jardim.

Argilas: material composto de partículas extremamente finas denominadas argilo-minerais. Quando molhadas são plásticas, mas secas e convenientemente aquecidas tomam-se rígidas. Geralmente, resultam da alteração química supergênica de rochas feldspáticas e passam por processos de tratamentos. As argilas são usadas principalmente para: cerâmica vermelha ou estrutural (tijolos, telhas, manilhas, ladrilhos e azulejos); cerâmica branca (louça sanitária e doméstica, pastilhas e também azulejos e ladrilhos); cerâmica especial (fins artísticos). Também são empregadas nas indústrias de cimento, papel, cosméticos e farmacêutica, veículo para inseticidas e tratamento de substâncias oleosas (petróleo). Os principais municípios produtores são: Campos dos Goytacazes, Rio Bonito, Itaboraí, Três Rios e Paraíba do Sul.

Esquerda: Extração de areia quartzosa (Seropédica)
Direita: Extração de argila (Campos dos Goytacazes)
Barita ou Baritina: é um sulfato e praticamente a única fonte de bário. Tem sua principal aplicação na indústria petrolífera, sendo adicionada à lama de perfuração das sondas, com a finalidade de equilibrar a pressão de fluidos dos poços. Utiliza-se também na fabricação de tintas, vidros, cerâmica, papel, plásticos, asfalto e borracha. No município de Seropédica tem uma pequena ocorrência de barita, sob a forma de veio hidrotermal, assim como em Tribobó.

Bauxita: é o principal minério para obtenção de alumínio. Trata-se de uma mistura de minerais ricos em hidróxidos de alumínio, geralmente gibbsita, boemita e diásporo, contendo impurezas de óxidos de ferro e titânio, sílica e argilominerais. No Estado do Rio de Janeiro, as ocorrências de bauxita são derivadas do intemperismo químico de rochas de complexos alcalinos, situados nos municípios de Resende (Itatiaia e Morro Redondo), Nova Iguaçu (Mendanha) e Rio Bonito.

Brita ou Pedras Britadas: compreendem fragmentos rochosos no intervalo granulométrico entre 10 cm a 6 mm. São usadas principalmente no concreto para construção civil e no asfalto para revestimento de estradas. No que diz respeito à qualidade dos materiais, são utilizadas rochas cristalinas de alta resistência mecânica, baixa porosidade, composição mineralógica favorável e sem minerais de alteração, por exemplo, granitos, gnaisses, basaltos, quartzitos e calcários cristalinos. Os maiores produtores de brita estão no noroeste fluminense e nos municípios de Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Magé.

Calcário: rocha de origem sedimentar constituída predominantemente de carbonato de cálcio. Em função da estrutura e/ou presença de outro composto, recebe denominações variadas: calcário dolomítico (calcário com dolomita); calcário pisolítico (com pequenas esferas de origem química, cimentadas entre si); calcário margoso (mistura de calcário e argila); calcário fossilífero (contém fósseis). O calcário tem sua principal utilização na fabricação de cimento, corretivo de solos, obtenção da cal que é usada, por sua vez, na construção civil, indústria química e purificação de águas. Também tem aplicação na indústria de borracha, vidros e muito apreciada como rocha ornamental. Quando o calcário passa por pelo processo de metamorfismo, passa a denominar-se mármore. No Estado do Rio de Janeiro, as maiores reservas e produção de mármore para cimento são encontradas no munícípio de Cantagalo. Até a década de 80, em Itaboraí, calcário foi explotado para a indústria cimenteira.


Esquerda: Pedreira de Brita na Região Metropolitana (Nova Iguaçu)
Direita: Mármores Calcíticos para Cimento (Cantagalo)
Caulim: é o termo comercial para argilas constituídas principalmente por caulinita (silicato de alumínio hidratado). Provém da alteração de rochas ricas em feldspatos. Devido à baixa reatividade química, alvura, e maciez tem larga utilização, por exemplo, indústrias de papel, têxteis, cosméticos, borracha, porcelanas e veículo para inseticidas. As baixadas Fluminense e Campista possuem consideráveis depósitos de caulim.

Conchas Calcárias: trata-se de calcário conchífero muito puro de origem orgânica. As conchas se acumulam em pequenas lentes ao longo das praias ou formam depósitos consideráveis em lagunas. Até recentemente, eram extraídas conchas da Lagoa de Araruama, para obtenção de barrilha (bicarbonato de sódio), material este empregado na fabricação de sabões, tecidos, vidros e fibras sintéticas.

Córindon (óxido de alumínio): Devido sua elevada dureza, é usado como abrasivo no polimento. No Estado do Rio de Janeiro, raríssimas vezes ocorre com qualidade gemológica de grande valor, nas variedades vermelha (rubi) ou azul (safira). Há uma ocorrência de córindon (tipo safira) associado às rochas alcalinas, no município de Duque de Caxias.

Diatomito: Rocha sedimentar constituída de carapaças silicosas de algas diatomáceas. São porosas e quando puras, brancas. Tem sua principal utilização como abrasivo suave para polimento, absorvente para nitroglicerina líquida, na filtração de líquidos, como isolante térmico e como suporte para inseticidas. Em Campos existem jazidas de diatomito.

Feldspato (aluminossilicato de potássio, sódio e cálcio): É um dos principais minerais constituintes das rochas. Nos pegmatitos os cristais são grandes e muitas vezes incluem cristais de quartzo, mica, turmalina, etc. Ocorre em São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Porciúncula, Cantagalo, Casimiro de Abreu, Campos, etc. É utilizado principalmente na manufatura de porcelana, indústria de vidro, na fabricação de esmaltes, azulejos, papel, entre outros.

Fluorita (fluoreto de cálcio): Apresenta-se em cristais de cores variadas. É utilizada principalmente como fundente em metalurgia, em cerâmica, na indústria química e na fluoretação de águas. Ocorre em Tanguá e Rio Bonito. Único minério explorado em mina subterrânea no RJ.

Garnierita: É um termo geral para silicatos hidratados de níquel. É a única fonte de níquel dos minérios lateríticos. O campo de aplicação do níquel é muito vasto devido às suas propriedades físicas e de alta resistência à corrosão. Suas principais aplicações são em ligas ferrosas e não ferrosas, indústria automobilística, indústria química, indústria aeronáutica, fabricação de aços inoxidáveis, ímãs permanentes, etc. Em Areal há uma pequena ocorrência sem valor econômico.

Gnaisse: Rocha metamórfica constituída principalmente por quartzo, feldspato e micas. É utilizado quase sempre como brita, as vezes em revestimentos e pisos. Ocorre praticamente em todo Estado.

Grafita (carbono): Mineral de cor escura, mole (dureza 1,5) e untuoso ao tato. Apresenta-se geralmente em palhetas e pequenos cristais lamelares. Ocorre sempre em rochas metamórficas diversas. É utilizado na fabricação de minas de lápis, cadinhos refratários, tintas anti-ferrugem e lubrificantes secos. Há diversas ocorrências em São Fidélis e Itaperuna, tendo sido algumas delas lavradas durante a Segunda Guerra Mundial.

Granito: Rocha ígnea intrusiva predominantemente constituída de quartzo, feldspato e micas. É utilizado na fabricação de brita, paralelepípedos, placas para revestimento, pisos e na decoração. Da mesma forma que o Gnaisse, ocorre em praticamente todo Estado. Na Região Metropolitana existem inúmeras pedreiras.

Muscovita (aluminossilicato básico de potássio): Possui a propriedade de se partir com facilidade, se separando em lamelas finíssimas. Como o quartzo e o feldspato, é um dos principais constituintes dos pegmatitos. Tem utilização como isolante térmico e elétrico e, quando moída, é empregada na fabricação de tintas de proteção contra a ferrugem.

Ouro (Au): Apresenta-se na natureza quase sempre como metal nativo. Possui cor amarelo-brilhante, brilho metálico e dureza baixa (3). No Estado do Rio o ouro já produzido provém dos rios Paraíba do Sul, Muriaé, Itabapoana, Pomba e Negro. A garimpagem está proibida no Estado do Rio devido à utilização do mercúrio pelos garimpeiros durante a retirada do ouro do concentrado de minerais pesados. Utilizado na fabricação de moedas e jóias, odontologia, galvanoplastia, fotografia, indústria eletrônica e química e como lastro de reservas da economia.

Petróleo: Óleo mineral natural de cor e viscosidade variadas. A matéria-prima do petróleo constitui-se de restos de vegetais de origem marinha depositados em bacias oceânicas e progressivamente recobertas por sedimentos, transformando-se lentamente em hidrocarbonetos.

Através do refino do petróleo obtém-se inúmeros derivados como a gasolina, a querosene, o óleo diesel, gás, além de outros que são utilizados na produção de plásticos, fertilizantes, etc. Na Bacia de Campos é extraída a maior parte do petróleo produzido no Brasil.
Esquerda: Fluorita - Entrada de uma galeria escavada em brecha magmática
(Fonte Boletim Técnico n.º1 - Fluorita de Tanguá - DRM-RJ)
Direita: Fotografia de Plataforma de Petróleo na Bacia de Campos (Fonte: Home Page da Petrobrás)
Quartzo (óxido de silício): O quartzo é um dos principais minerais constituintes das rochas. Apresenta-se sob forma maciça ou em cristais. A ametista é a variedade violeta do quartzo. Ocorre em pegmatitos e filões hidrotermais. Sua utilização como gema é conhecida desde a Antiguidade. Há uma pequena ocorrência em Campos, porém sem interesse gemológico. É utilizado na indústria eletrônica e ótica.

Rochas Ornamentais e de Revestimentol:As rochas ornamentais e de revestimento, também designadas pedras naturais, rochas lapídeas, rochas dimensionais e materiais de cantaria, abrangem os tipos litológicos que podem ser extraídos em blocos ou placas, cortados em formas variadas e beneficiados através de esquadrejamento, polimento, lustro, etc. (in CETEM/ABIROCHAS, 2001). Três tipos podem ser distinguidos:

a) Mármores: rochas calcárias ou dolimíticas, sedimentares ou metamórficas, que possam receber desdobramento, seguido de polimento, apicotamento ou flameamento;
b) Granitos: nome comercial dado a qualquer rocha não calcária ou dolomítica, que apresenta boas condições de desdobramento, seguido de polimento, apicotamento ou flameamento; e
c) Rochas de Revestimento: compreendem outros materiais de revestimento na construção civil, não sujeitos a processo industrial de desdobramento de blocos, tais como: ardósias, arenitos, basaltos, gnaisses, quartzitos, serpentinitos, além de outras passíveis de serem extraídas já em forma laminada ou que sejam utilizadas em revestimento independente da mencionada forma. (ConDet, 1999)

Sal Marinho (cloreto de sódio): Também chamado de halita, é um dos produtos naturais de uso mais remoto pelo homem. O sal é utilizado na alimentação humana, na indústria química, na indústria de conservação de alimentos, de borracha, etc. Ocorre dissolvido nos oceanos ou no estado sólido em depósitos resultantes da evaporação dos mares em períodos geológicos anteriores. Em ambos os casos, sempre acompanhado de outros sais (de magnésio, de potássio, de cálcio, entre outros). A obtenção do sal proveniente dos oceanos se dá através da utilização da energia solar. É produzido nos municípios de Araruama, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Saquarema.

Esquerda: Rochas para Revestimento (Santo Antônio de Pádua)
Direita: Sal Marinho - cloreto de sódio (São Pedro da Aldeia)
Sílex: Rocha composta principalmente de calcedônia (SiO2). É utilizada como material triturante em moinhos de bola. Ocorre em São Gonçalo.

Turfa: Matéria vegetal constituída principalmente por musgos e plantas de pântanos acumulados embaixo da água, onde não há oxidação. Como o petróleo, a turfa é um combustível fóssil. Pode ser utilizada tanto na produção de calor para consumo direto, como em usinas termoelétricas. Também tem uso na agricultura como condicionador de solos. Ocorre em várias regiões do Estado, desde Campos até Resende.
Elaboração:
Jeanete Alves,
Modificado por Marília Barbosa






  • CPRM - Serviço Geológico do Brasil
  • UNB - Glossário Geológico Universidade de Brasília













  •  Porém, na região de Cantagalo,
    nas proximidades de São Sebastião do Paraíba,
    em Porto Tuta, na divisa RJ/MG, foram encontrados,
    pelos pesquisadores, diversos grãos de ouro.
    Pereira & Santos (1994) relataram a possibilidade
    da ocorrência de ouro no rio Paraíba do Sul, no
    trecho entre a desembocadura do rio Pomba e a cidade
    de São Fidélis, como ainda, na área do rio
    Preto, em Manoel Duarte.
    Também, Fonseca (1998) relatou a existência de
    alguns garimpos no estado do Rio de Janeiro, que
    foram trabalhados, em geral, com balsas, na década
    de 80, nos rios Itabapoana, Muriaé, Paraíba do
    Sul (Cambuci e Itaocara) e Pomba.
    Lamego (1946, apud Fonseca, 1998) citou várias explorações
     de ouro em aluviões,

    em Itaperuna, Natividade, Porciúncula,
    Varre-Sai, Ouro Fino e Comendador Venâncio.
    Segundo Mansur (1988), foram registradas, em
    1986, atividades de garimpagem nos rios Muriaé,
    Pomba, Carangola, Itabapoana e Paraíba do Sul, e
    em1987, na região entre Pureza e São Fidélis, onde
    foi utilizado mercúrio. Também instalaram-se garimpos
    nos rios Paraibuna, Preto (Valença) e Paraíba
    do Sul (Vassouras e Itaocara).
    Os teores de ouro encontrados neste projeto variaram
    entre 0,01 a 0,5ppm (ver figura 2).
    No mapa de distribuição do ouro em sedimentos
    de corrente, verifica-se que as maiores concentrações
    desse elemento estão localizadas, na maioria
    das vezes, nos rios e municípios relatados na literatura
    retromencionada.





    DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
    6.1 Aplicações no Mapeamento Geológico
    Os resultados analíticos das amostras de sedimentos
    e de água mostraram algumas feições geológicas
    que ficaram claramente delineadas nos
    mapas geoquímicos elaborados, porém, por vezes,
    é difícil determinar o significado de algumas
    anomalias geoquímicas, devido, talvez, à escala e
    resolução dos mapas, que não permitiram mostrar
    detalhes geológicos.
    Utilizou-se, como referência da geologia, oMapa
    Geológico do Estado do Rio de Janeiro (Fonseca,
    1998). No quadro 2, apresenta-se um resumo com
    algumas informações geológicas que puderam ser
    identificadas através da amostragem geoquímica.
    6.2 Aplicações na Prospecção Mineral
    Segundo Castro & Beisl (1993) e Castro & Rosário
    (1994), a região do vale do rio Paraíba do Sul exibe,
    em diversas localidades, ocorrências esparsas
    de ouro, que foram explotadas por garimpeiros,
    sem muito sucesso. Porém, na região de Cantagalo,
    nas proximidades de São Sebastião do Paraíba,
    em Porto Tuta, na divisa RJ/MG, foram encontrados,
    pelos pesquisadores, diversos grãos de ouro.
    Pereira & Santos (1994) relataram a possibilidade
    da ocorrência de ouro no rio Paraíba do Sul, no
    trecho entre a desembocadura do rio Pomba e a cidade
    de São Fidélis, como ainda, na área do rio
    Preto, em Manoel Duarte.
    Também, Fonseca (1998) relatou a existência de
    alguns garimpos no estado do Rio de Janeiro, que
    foram trabalhados, em geral, com balsas, na década
    de 80, nos rios Itabapoana, Muriaé, Paraíba do
    Sul (Cambuci e Itaocara) e Pomba.
    Lamego (1946, apud Fonseca, 1998) citou várias exploraçõesdeouroemaluviões,
    emItaperuna, Natividade, Porciúncula,
    Varre-Sai, Ouro Fino e Comendador Venâncio.
    Segundo Mansur (1988), foram registradas, em
    1986, atividades de garimpagem nos rios Muriaé,
    Pomba, Carangola, Itabapoana e Paraíba do Sul, e
    em1987, na região entre Pureza e São Fidélis, onde
    foi utilizado mercúrio. Também instalaram-se garimpos
    nos rios Paraibuna, Preto (Valença) e Paraíba
    do Sul (Vassouras e Itaocara).
    Os teores de ouro encontrados neste projeto variaram
    entre 0,01 a 0,5ppm (ver figura 2).
    No mapa de distribuição do ouro em sedimentos
    de corrente, verifica-se que as maiores concentrações
    desse elemento estão localizadas, na maioria
    das vezes, nos rios emunicípios relatados na literatura
    retromencionada.
    – 15–
    Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro
    Porém, observa-se que alguns corpos magmáticos
    sintectônicos (Fonseca, 1998) podem ser a fonte
    do ouro que ocorre, em geral, nos sedimentos de
    corrente, nas regiões de Mangaratiba, Vassouras e
    Barra do Piraí
    , como ainda nas amostras coletadas
    nos rios Capivari (região de Silva Jardim), Tanguá,
    Caceribu (região de Itaboraí/Tanguá) e Negro (região
    de Duas Barras). Outra hipótese sobre a origem
    dos teores de ouro nos sedimentos, nessas regiões,
    segundo Hélio Canejo (comunicação verbal,
    1999), seria os veios de quartzo, que ocorrem cortando
    os corpos magmáticos.

    Segundo Fletcher (1997), a presença de teores
    de ouro em sedimentos de corrente é devida
    ao selecionamento dos grãos durante o transporte.
    A eliminação seletiva dos grãos leves enriquece,
    localmente, os sedimentos em minerais
    pesados.
    As amostras coletadas nos rios São João de Meriti
    e Pavuna apresentaram, respectivamente,
    0,28ppm e 0,06ppm de Au(OURO) e 0,25ppm e 0,80ppm
    de Ag( PRATA ), o que, provavelmente, representa contribuição
    antrópica, visto que essa região mostra alta
    densidade demográfica e industrial.
    Programa Informações para Gestão Territorial
    – 16–
    Quadro 2 – Informações geológicas segundo as observações deste estudo.
    Tipos de Rochas Observações
    Gnaisses e migmatitos
    (Complexos Juiz de Fora, Paraíba
    do Sul, Rio Negro, São Fidélis,
    Região dos Lagos)
    Os gnaisses ricos em minerais máficos (biotita, hornblenda e piroxênio), migmatitos
    com paleossomas com biotita e anfibólio, os corpos anfibolíticos, corpos
    ultramáficos e máficos e suítes charnokíticas estão claramente indicados
    pela abundância de Cu e Cr. As rochas dos complexos Paraíba do Sul, Rio Negro
    e Região dos Lagos mostram-se enriquecidas em Ca.
    Rochas graníticas
    Na Serra dos Órgãos, nos granitos de Parati, Angra dos Reis e Mangaratiba, e
    nos granitóides do Município do Rio de Janeiro observa-se depleção de Se,
    As, Pb e Cd. O granito Sana é enriquecido em Ca. Os complexos granitóides
    da serra dos Órgãos e os granitos de Parati, Angra dos Reis e de Mangaratiba
    são enriquecidos em Li e W, sendo que esses últimos são, também, ricos em
    flúor.
    Rochas alcalinas
    Os corpos alcalinos de Nova Iguaçu (serra de Tinguá), São Gonçalo, Rio Bonito,
    Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim, Itatiaia, Resende e serra do
    Mendanha são delineados pelos teores de flúor e fósforo, tanto nas amostras
    de água, quanto nas dos sedimentos, enquanto o corpo alcalino Morro de São
    João, quase na foz do rio São João, mostrou somente anomalia de flúor em
    água.
    Outras ocorrências
    Titânio: Confirmando as informações de Fonseca (1998), ocorrem anomalias
    de titânio nas regiões dos complexos Paraíba do Sul e Juiz de Fora. Como ainda,
    se destacam os corpos do granito Sana e das rochas dos complexos São
    Fidélis e Região dos Lagos. Observam-se, também, anomalias nos granitos de
    Angra dos Reis e Mangaratiba. Bário: As anomalias de bário evidenciam os
    depósitos e ocorrências de barita, principalmente na Região dos Lagos e nos
    municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias, Rio Bonito, Itaguaí, Cachoeiras
    de Macacu e Rio de Janeiro.Cálcio e estrôncio: Anomalias de cálcio e estrôncio
    confirmam a presença de rochas carbonáticas na região de Cantagalo,
    Italva, Barra do Piraí, Valença, Barra Mansa, Miguel Pereira, Três Rios e Paraíba
    do Sul, como também, na Região dos Lagos, onde ocorre grande quantidade
    de conchas calcárias. Também mapeam os corpos magmáticos pós- e sintectônicos
    (Fonseca, 1998). Cálcio, estrôncio e bário: Anomalias desses elementos
    evidenciam os granitóides dos complexos Juiz de Fora, Paraíba do Sul
    e São Fidélis, como ainda dos granitóides da região de Angra dos Reis, Parati
    e Mangaratiba.
    6.3 Aplicações Ambientais
    Alguns elementos químicos são necessários
    à saúde dos seres vivos, fazendo parte de complexos
    sistemas enzimáticos, como por exemplo
    cobre, zinco, ferro e selênio; porém, são
    considerados tóxicos quando presentes no
    meio ambiente em altas concentrações. Outros
    elementos, tais como mercúrio, cádmio, arsênio
    e chumbo, não são essenciais aos seres vivos
    do ponto de vista biológico e são considerados
    muito tóxicos, quando estão presentes no
    meio ambiente, mesmo em baixas concentrações,
    porque são acumulativos no organismo
    dos animais.
    Através de mapas geoquímicos, é possível indicar
    áreas com deficiência ou potencialmente tóxicas,
    para futuras investigações.
    Áreas com altas concentrações de um determinado
    elemento podem ajudar na delimitação de depósitos
    minerais, de áreas com rejeito industrial
    e/ou urbano, com aplicação de pesticidas e/ou fertilizantes,
    como ainda, selecionar áreas para estudos
    específicos relacionados à saúde pública.
    Entretanto, áreas com baixas concentrações de
    umdeterminado elemento também podem sinalizar
    a ocorrência de algum tipo específico de rocha, caracterizada
    pela depleção desse elemento, ou
    mostrar áreas agrícolas carentes em nutrientes, o
    que atrapalha a sua produtividade, ou até mesmo,
    a ocorrência de alguma doença endêmica.
    Sendo assim, esses mapas poderão ser bastantes
    úteis para outras instituições, quer sejam governamentais
    ou não, nas áreas de saúde pública, saneamento
    básico, planejamento urbano, agricultura
    e monitoramento ambiental.
    Para os estudos ambientais, no Projeto Rio de Janeiro,
    procurou-se, inicialmente, observar o comportamento
    dos elementos considerados tóxicos para o
    ser humano e os animais (arsênio, chumbo, cádmio
    e flúor) nas amostras de água, e, como complemento,
    o comportamento desses elementos nas amostras
    dos sedimentos. Estudou-se, também, o comportamento
    de outros elementos químicos considerados
    essenciais aos seres vivos, mas que podem
    ser tóxicos à saúde do homem e dos animais, se estiverem
    no ambiente em altas concentrações (alumínio
    e cobre). Estudou-se, ainda, o comportamento
    Levantamento Geoquímico do Estado do Rio de Janeiro







    CANTAGALO-RJ
    À PARTIR DE CANTAGALO  AS ÁGUAS SE TORNAM MAIS RALAS AINDA, DEVIDO À CONSTRUÇÃO DAS NOVAS TURBINAS DE ENERGIA DO COMPLEXO SIMPLICIO ANTA SAPUCAIA


    VINDO DO RIO POMBAS PODEMOS ENCONTRAR FARTA QUANTIDADE DO METAL, NAS PROXIMIDADES DE ITAOCARA, E , CONFORME DEPOIMENTOS COLHIDOS NA WEB ( Parece que a febre voltou e com força total......este lugar da foto é na Foz do Rio Angu....a margem direita é o Município de Cantagalo no Estado do Rio de Janeiro e a margem esquerda é no Município de Volta Grande/Estrela Dalva em Minas Gerais.......esta região era a até pouco tempo atrás uma das mais fiscalizadas pela Polícia Florestal de Minas baseada em Leopoldina e Além Paraíba.......mas parece que simplesmente a fiscalização sumiu..... eek.gif .......estavam com o maçarico ligado durante todo o tempo em que estivemos por lá.........alguns ribeirinhos disseram que já acharam uma pedra de ouro que valeu mais de R$ 1.000.000,00 ( Hum milhão de reais )......os mergulhadores recebem por dia R$ 1.000,00 ( Hum mil reais )......e os fiscalizadores quanto receberiam ?????.........meus amigos esta foto foi tirada a mais de 300 metros do local.......são três balsas juntas......e o movimento nas balsas é dia e noite segundo os ribeirinhos......e ai ......acabou a fiscalização no Paraiba do Sul ???.......por quanto tempo ainda estaremos sujeito a isto ?? )
    PEDRA DE 10 K;R$ 1.000.000,00 EM OURO ), EM SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA










    Geologia estrutural de uma fração da Província Mantiqueira Central :

    O presente trabalho trata da geologia estrutural de uma fração da Província Mantiqueira Central, correspondente no flanco norte da divergência em leque da calha do rio Paraíba do Sul. O levantamento de duas seções geológico-estruturais (seção Três Matias - Matias Barbosa e seção Barra do Piraí - Conservatória) permitiu a caracterização das principais feições geométricas e cinemáticas na região. Além disso, a análise da orientação preferencial do retículo cristalino do quartzo em amostras coletadas ao longo dos perfis permitiu discutir os mecanismos de deformação e relacioná-los a um ambiente de crosta inferior. Na seção Três Rios - Matias Barbosa foram reconhecidos três domínios estruturais distintos. Em todos eles a direção da foliação permanece orientada NE-SW, mas o ângulo de mergulho diminui à medida que se distancia da zona de cisalhamento, tornando-se uma foliação de baixo ângulo no domínio II, e de mergulho moderado no domínio III. A lineação mineral e de estiramento apresenta-se de caimento baixo nos domínios I e II, tornando-se oblíqua no domínio III, com caimento para NE. Em cada domínio observam-se, em escala de afloramento, estruturas geometricamente distintas. Os indicadores cinemáticos são compatíveis em ambos os domínios, mostrando movimentação destral em plano horizontal, e de topo para SW, nos planos de baixo ângulo. Na seção Barra do Piraí - Conservatória, foram reconhecidos cinco domínios estruturais (I, II, III, IV e V). Os domínios I e V são caracterizados por uma foliação de alto ângulo na direção NE-SW e lineação direcional. Os domínios II, III e IV são caracterizados por uma foliação também na direção NE-SW, mas com o mergulho variando de baixo ângulo para NW, subvertical e baixo ângulo para SE, respectivamente. Os indicadores cinemáticos nos domínios I, III e V são coerentes com movimentação destral, mas não foram observados nos domínios II e IV. Da mesma forma como foi observado na seção Três Rios -Matias Barbosa, observa-se aqui, também, em escala de afloramento, intercalação de estruturas geometricamente distintas. Os dados microestruturais e de orientação preferencial do retículo cristalino mostram variação na predominância de cisalhamento simples e cisalhamento puro nos diferentes domínios. Além disso, são registradas mudanças na ativação dos sistemas de deslizamento que podem estar relacionadas tanto com a existência de um gradiente termal durante a deformação ao longo das duas seções, como devida à manutenção de alta temperatura mesmo após a deformação, caracterizando o processo de annealing. A mudança na geometria das estruturas pode ser caracterizada em termos da razão entre os componentes de cisalhamento simples e cisalhamento puro. Além disso, considerando-se as modelagens teóricas disponíveis, estas estruturas podem ser consideradas cinematicamente compatíveis em termos de um modelo de evolução tridimensional. Ambas as seções sugerem a existência de regiões resultantes da extrusão tectônica em regime transpressivo, correspondentes ao domínio II da seção Três Rios (RJ) - Matias Barbosa (MG) e os domínios II, III e IV da seção Barra do Piraí - Conservatória (RJ). A mudança lateral e a relação de sobreposição das estruturas são interpretadas como resultantes da partição espacial e temporal da deformação. Assim, sugere-se que as estruturas nesse setor da Província Mantiqueira foram geradas em um regime de deformação transpressivo não-confinado em uma evolução tectônica








    Nenhum comentário:

    Postar um comentário